Big Data

Especialista relaciona segurança e storage

Erivelto Tadeu
26/09/2019

Arquiteto chefe da Pure Storage defende consolidação de dados em uma única base para empresas terem menos sistemas para proteger

Estudos internacionais indicam que os bancos de dados são um dos ativos de TI mais atacados. A razão, dizem, é simples: eles são o coração de qualquer organização por armazenarem os registros de clientes e outros dados de negócios estratégicos. Por isso, manter vários bancos de dados separados aumenta — e muito — o risco de quebra da segurança. O alerta é de Robert Lee, vice-presidente e arquiteto chefe da Pure Storage, ao defender a consolidação dos dados em uma única base para que as empresas tenham menos sistemas para proteger e, consequentemente, mais segurança.

O executivo diz que muitos clientes da Pure Storage, que usam inteligência artificial e machine learning, procuram por ferramentas de segurança, que fazem desde detecção de fraude até de outras anomalias em diversos sistemas. Ele cita como exemplo uma grande operadora de telecomunicações dos Estados Unidos, cujo novo prefere não revelar. Segundo Lee, toda vez que alguém enviava uma mensagem de texto ou fazia uma ligação, a operação era gravada em um banco de dados. Quando ocorria uma cobrança, era feita uma cópia do banco de dados em algum lugar. Depois, calculavam os valores e geravam a conta.

Além disso, conta ele, havia outra base de dados do departamento de análise do mercado consumidor. Essa área é responsável por saber durante uma campanha de descontos, por exemplo, quem é o público alvo e quem provavelmente vai aderir ao plano. Portanto, havia mais uma cópia do banco de dados para esse grupo. Também existia outra cópia para a equipe de desenvolvimento de software, para que pudesse testar um produto. Enfim, vários bancos de dados espalhados pela empresa.  

“O que eu disse ao CIO dessa operadora foi que ele tinha duas razões para mudar. Primeiro, porque estava gastando com armazenamento de cerca de sete bancos de dados quando, na realidade, deveria armazenar somente em um. Depois, por estar lidando com dados confidenciais de clientes, se a empresa possui sete cópias de base de dados, que são gerenciadas por diferentes equipes, isso significa que existem sete formas de se quebrar a barreira de segurança. Então, sugerimos que diminuísse a quantidade de cópias de seu banco de dados, já que hoje em dia é possível, com a mesma performance, armazenar tudo em um só lugar, incrementando o nível de segurança”, conta Lee.

Outro aspecto salientado pelo arquiteto chefe da Pure Storage refere-se à chegada da 5G. “Ela vai gerar um volume grande de dados. Embora acredito que levará algum tempo até que surjam novos meios para o uso intensivo dessa tecnologia, será extremamente importante poder gerenciar o armazenamento de dados em diferentes localidades e fazê-lo de forma agregada através de somente uma interface, seja através da nuvem ou de uma servidor”, enfatiza Lee, acrescentando que as empresas devem estar preparadas para não ter mais de cem cópias de bases de dados de cada operação.

Uma questão importante, segundo ele, é que a 5G provavelmente vai criar uma linha divisória entre quais dados devem ser armazenados no longo prazo e quais dados devem ser simplesmente excluídos. “Por exemplo, se for criada uma ferramenta de realidade aumentada para 5G, ela não pode ser processada diretamente no smartphone do usuário, ela deve estar em um servidor dedicado e provavelmente os dados não ficarão armazenados em um servidor de alta performance no longo prazo”, argumenta.

O especialista faz questão de destacar que o FlashArray da Pure Storage, além recursos de inteligência artificial para lidar com grandes volumes de dados, oferece elevados níveis de segurança, tais como criptografiae um processo interno que remove o gerenciamento de chaves dos usuários. Assim, caso o equipamento seja retirado sem determinada chave, os dados se autodestroem. Isso não apenas permite que que a equipe de TI se concentre no armazenamento de dados, mas também remove erros humanos do processo, segundo a empresa.

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