O diretor de Inteligência de Ameaças da Avast, Michal Salat (foto), recomenda que os usuários sejam cautelosos com os seus roteadores, agora que foi descoberta uma falha no protocolo seguro WPA2. O risco existirá, ele observa, quando o invasor estiver dentro do alcance do Wi-Fi escolhido. “A vulnerabilidade coloca qualquer rede protegida WPA2 em risco. Especialmente as redes públicas como aquelas oferecidas em hotéis e restaurantes”, disse ele numa entrevista exclusiva. “A versão 6.0 ou superior do Android e a maioria das distribuições Linux são alvos particularmente fáceis, porque as falhas nessas implementações podem forçar o cliente a redefinir a chave de criptografia para um valor previsível de zeros, permitindo assim o controle completo das comunicações”.
Os usuários, observa Salat, precisam da garantia de ter uma VPN instalada para protegê-los nessas conexões. A VPN cria conexões e túneis de tráfego seguros e criptografados para um servidor proxy. A conexão criptografada protege os dados pessoais e evita que hackers acessem ou mesmo façam modificações nas comunicações via Internet. É importante, acrescenta ele, que os usuários tenham atenção redobrada ao fazer o login para uso de serviços online: “Para amenizar o risco de expor aos bandidos o trafego da rede sem fio, outros protocolos seguros como o HTTPS devem ser usados ao navegar na web. Felizmente, a maioria dos websites fornece certificados HTTPS. Eles podem ser identificados pelo cadeado verde na barra de endereço do navegador”.
No entanto, finaliza Salat, é importante que os provedores de sistemas operacionais forneçam aos seus clientes atualizações de segurança, alertando os usuários quando estiverem disponíveis. Também deve ser esclarecido que, apesar das vulnerabilidades com o WP2, a desatualização da segurança para os padrões WPA ou WEP enfraquecerá ainda mais a proteção.
Hoje mesmo a Microsoft anunciou a publicação de atualizações do Windows que cobrem essa falha.
