Pesquisa mundial revela que mais de dois terços dos profissionais de segurança cibernética admitem que não conseguiriam impedir um ataque a dispositivos sem fio
Mais de dois terços dos profissionais de segurança cibernética em todo o mundo admitem que não conseguiriam impedir um ataque a dispositivos sem fio, revela a segunda parte do relatório “Wireless Security: Internet of Evil Things 2020”, da Outpost24, empresa especializada na avaliação de exposição cibernética.
O estudo destaca até que ponto os especialistas em cibersegurança estão preocupados com as ameaças adicionais impostas às suas organizações pelo crescente número de dispositivos de Internet das Coisas (IoT) e dispositivos sem fio nos locais de trabalho.
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Prevê-se que o número de dispositivos de IoT em todo o mundo aumente para 20,4 bilhões já neste ano, o que expandirá substancialmente os potenciais pontos de ataque que as organizações poderão enfrentar. Dos mais de 200 profissionais de segurança cibernética consultados no estudo, 71% consideraram que os esforços para monitorar e proteger contra ataques dispositivos e pontos de acesso não autorizados deveriam ser intensificados.
O estudo também revela a falta de preparo das empresas em relação a esse perigo crescente, com 57% dos entrevistados admitindo que suas equipes de segurança não “limpam” os dispositivos antes de acessar as redes corporativas. Além disso, 53% dos entrevistados desconhecem quantos dispositivos estão conectados à rede corporativa, enquanto apenas 30% afirmaram que o emparelhamento Bluetooth ou a conexão sem fio exigem autenticação de segurança antes de obter acesso às redes.
No entanto, 61% dos especialistas em segurança disseram acreditar que o trazer seu próprio dispositivo (BYOD) representa uma séria ameaça à organização e 21% temem ataques por meio de dispositivos IoT instalados em escritório, como impressoras e máquinas de café. As formas de ataques sem fio que os especialistas em segurança pesquisados disseram representar a maior ameaça foram roubo de senhas (62%), botnet/malware (60%) e ataques man in the middle (55,5%) — forma de ataque em que o invasor intercepta os dados trocados entre duas partes e os altera sem que as vítimas percebam.