Drones da OTAN protegerão cabos submarinos

Em resposta a recentes incidentes envolvendo danos em cabos submarinos em águas europeias, a OTAN deu início ao desenvolvimento de uma frota de embarcações não tripuladas destinadas a proteger infraestruturas submarinas críticas nos mares Báltico e Mediterrâneo. A iniciativa reflete uma preocupação crescente com a segurança dessas redes essenciais, que garantem a conectividade e a comunicação global.

Leia também
Binance Blockchain Week amanhã em Dubai
Seminário em BSB discute cyber em agropecuária

A comparação feita pela Aliança com câmeras de vigilância em áreas urbanas destaca o caráter preventivo do projeto, que está em fase inicial. Inicialmente, os drones realizarão patrulhas na superfície da água, com planos futuros para monitoramento submerso. A frota, apelidada temporariamente de “Frota USV” (Veículos de Superfície Não Tripulados, na sigla em inglês), deverá entrar em operação antes da cúpula da OTAN na Holanda, em junho de 2025.

A iniciativa conta com o apoio do Comando Marítimo da OTAN (MARCOM) e do Quartel-General do Comando Operacional SACEUR, que pretendem basear a frota em tecnologias já testadas e bem-sucedidas, como as utilizadas pela Força-Tarefa 59 da Marinha dos EUA. Criada em 2021, essa unidade tem operado no Golfo Pérsico e testado mais de 23 sistemas não tripulados, integrando drones e inteligência artificial para melhorar a segurança marítima.

A Força-Tarefa 59 se destaca por seu papel pioneiro na integração de tecnologias não tripuladas, colaborando com navios de guerra para ampliar a vigilância e resposta em áreas estratégicas. Inspirado nesse modelo, o novo projeto da OTAN não busca desenvolver tecnologias do zero, mas sim adaptar soluções já disponíveis e comprovadas, o que acelera sua implementação.

Com a crescente dependência de cabos submarinos para comunicações e o aumento das tensões geopolíticas, a OTAN reconhece a necessidade urgente de proteger essas infraestruturas críticas. A “Frota USV” representa um passo significativo na modernização da segurança marítima, utilizando inovação tecnológica para garantir a estabilidade e resiliência da Europa em um cenário global cada vez mais complexo.