Em novembro de 2011 a mídia mostrou que um drone americano pousou suavemente numa base militar iraniana. Os estados unidos negam, mas os iranianos garantem que bombardearam o avião com sinais de GPS e fizeram o sistema decidir que estava pousando numa base americana. Ontem, o Darpa (Defense Advanced Research Projects Agency) anunciou um drone à prova de hackers.
Parênteses meu: um especialista em defesa dizendo que uma coisa foi feita à prova disso ou daquilo é ignorância, provocação ou piada. Eu sinceramente acho que a opção certa é a segunda.
Pois bem: o sistema que controla o avião foi desenvolvido pela equipe do High Assurance Cyber Military Systems (HACMS), liderado pela professora Kathleen Fischer, que trabalhou antes na Tufts University e foi líder de pesquisas na AT&T – ela fez seu doutorado em matemática e ciência da computação em Stanford. Isso não quer dizer muita coisa, porque Kathleen não trabalha sozinha – ela não é infalível nem os membros da equipe. A professora chegou à Darpa em 2011 e numa entrevista ontem garantiu que o software do avião é à prova de falhas mesmo e foi testado durante 18 meses. Ela jura que ninguém conseguiu entrar no sistema. Em tese, esse é o sistema de navegação de aeronave não-tripulada mais seguro do mundo. Até quando, não se sabe.