Levantamento mostra que 91% dos entrevistados na região da Ásia-Pacífico e China disseram ser difícil encontrar o talento certo, contra 61% no Reino Unido e 54% nos Estados Unidos
Dois terços (66%) dos CISOs globais dizem estar enfrentado dificuldade para recrutar talentos em segurança cibernética e um número semelhante acredita que a escassez só irá piorar, segundo um novo estudo da Marlin Hawk, empresa britânica recrutamento de profissionais.
A empresa entrevistou 500 líderes de segurança cibernética que trabalham em empresas com 500 ou mais funcionários nos Estados Unidos, Europa e Ásia-Pacífico e China (APAC), para compilar seu relatório, intitulado “Global Snapshot: O CISO em 2020”.
O levantamento constatou que os CISOs da APAC estão enfrentando mais dificuldades com recrutamento: 91% dos entrevistados disseram ser difícil encontrar o talento certo, contra 61% no Reino Unido e 54% nos EUA. Globalmente, os principais desafios giraram em torno de candidatos sem o conhecimento técnico suficiente (34%), pouca experiência (30%) e cultura inadequada (10%).
Embora 73% dos entrevistados tenham menos de 45 anos, pode haver problemas no longo prazo para muitas empresas. A média de permanência de um CISO no emprego é de quatro anos em todo o mundo e 85% dos entrevistados disseram que estão procurando ativamente por uma nova função ou que considerariam uma nova oportunidade se fossem abordados.
O relatório alerta particularmente para a “fuga de cérebros” do setor público, onde mais de um quarto dos entrevistados estão buscando ativamente novas oportunidades de emprego. Mais da metade (52%) disse querer um novo desafio, enquanto 37% apontaram para uma melhor compensação financeira.
Outros 62% dos CISOs acham que a escassez global de talentos em segurança cibernética piorará nos próximos cinco anos. Isso coincide com dados de outras fontes, incluindo o ISC 2, cujo estudo mais recente relatou um déficit global de profissionais de segurança superior a 4 milhões. Isso incluiu 561 mil na América do Norte e um déficit de 2,6 milhões na APAC, enquanto a escassez na Europa aumentou mais de 100% em relação ao ano anterior, para 291 mil profissionais.