Mais um fabricante de aeronaves teve sua rede de dados violada, seus servidores invadidos e seus documentos copiados por cibercriminosos: foi a Dassault Falcon Jet, controlada pela francesa Dassault, cujas aeronaves são produzidas e construídas na França e finalizadas nos EUA.
O incidente tornou-se público desde que os operadores do ransomware Ragnar Locker anunciaram no dia 6 de dezembro o início do vazamento dos documentos, em represália por não terem sido pagos pela empresa. No dia seguinte eles criptografaram os dispositivos na rede da empresa.
Até o momento em que esta nota era publicada o site da Dassault Falcon Jet continuava inoperante.
O arquivo publicado no dia 6 foi comprimido em 7z e se chama Falcon 6x project Archive. Originalmente teria 430MB segundo os cibercriminosos mas foi ampliado com mais documentos e se tornou um arquivo de 3.5GB.

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O portal noticioso francês LeMagIT informou ter obtido com os operadores do ransomware a informação de que eles permaneceram escondidos na rede da Dassault Falcon Jet por mais de seis meses. Eles admitiram que os controles de segurança em operação tornaram a invasão difícil: “Para ser honesto, digamos que eles tenham um perímetro de segurança muito robusto. Não o suficiente, entretanto”.
O grupo por trás do ransomware Ragnar Locker está entre os que praticam violação dupla: antes de criptografar os sistemas de suas vítimas, eles roubam os dados que ameaçam divulgar, melhorando assim as suas chances de obter o pagamento do resgate solicitado.
Entre suas vítimas recentes estão a operadora de turismo Carlson Wagonlit Travel, que cedeu à chantagem e pagou US$ 4,5 milhões durante o verão europeu deste ano. Mais recentemente, na França, a operadora de logística e navegação CMA-CGM foi atingida no final de setembro. Curiosamente, até o momento, os operadores do ransomware não publicaram nem ameaçaram publicar quaisquer dados pertencentes ao grupo.
Com agências internacionais