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Custo global anual do cibercrime é de quase US$ 950 bilhões, diz relatório

O custo global anual do cibercrime é de cerca de US$ 945 bilhões, ou pouco mais de 1% do PIB global, de acordo com estimativa da McAfee, que divulgou um novo relatório com foco no custo do crime cibernético e seu impacto nas economias globais — tanto os custos mais evidentes quanto as perdas menos óbvias.

A previsão da empresa que os gastos globais com segurança cibernética neste ano devem ultrapassar US$ 145 bilhões. O levantamento foi realizado em parceria com o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS) e para o qual foram ouvidos 1.500 tomadores de decisão de TI em todo o mundo.

Na pesquisa, 90% das empresas relataram ter arcado com custos ocultos, que foram além das perdas monetárias, tais como grandes reduções na produtividade e horas de trabalho perdidas.

Segundo a McAfee, o custo para as organizações por inatividade, ou seja, o tempo durante o qual os sistemas não puderam ser usados ​​em seu nível normal de funcionalidade, foi de US$ 762.231. Além disso, as organizações perderam, em média, 9 horas de trabalho com inatividade.

A McAfee conseguiu identificar os custos do crime cibernético, além do pagamento de resgate, incluindo tudo, desde a configuração de novos sistemas a litígios, seguro contra riscos cibernéticos, custos da equipe de resposta a incidentes e muito mais.

A empresa estima que o custo global do cibercrime global, desde 2018, representa US$ 1 trilhão de prejuízo à economia global. Naquele ano, segundo a McAfee, o cibercrime custou economia global mais de US$ 600 bilhões.

Um dos maiores desafios para enfrentar o crime cibernético, de acordo com o relatório da empresa, é a falta de compreensão do risco cibernético em toda a organização. Isso as tornam vulneráveis ​​a táticas sofisticadas de engenharia social e, depois que um hack é bem-sucedido, elas deixam de reconhecer o problema a tempo de impedir a disseminação do malware. O aumento — inevitável — do uso de dispositivos pessoais, como smartphones e tablets, amplia a superfície de ataque e complica o gerenciamento da segurança cibernética.

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O relatório observa que o tempo e o custo da recuperação podem ser consideráveis ​​e geralmente podem envolver organizações externas especializadas em segurança cibernética, relações públicas e equipes jurídicas. Melhorias são necessárias para evitar a ocorrência de incidentes, além de ajudar a restaurar o serviço, as operações e o moral, e qualquer dano à reputação e à marca.

De acordo com o estudo da McAfee, o cibercrime está aumentando porque compensa, por ser fácil e o risco para os cibercriminosos, baixo. Embora as leis contra o crime cibernético também tenham ficado mais rígidas, os cibercriminosos mais sofisticados geralmente escapam da acusação e da pena de prisão.

O crime cibernético também está aumentando porque contamos com o ciberespaço para conduzir nossa vida cotidiana e os negócios, diz o relatório. “A adoção mais rápida de novas tecnologias por cibercriminosos — tais como inteligência artificial (IA), imagens geradas sinteticamente para falsificações e muito mais — dá a eles uma vantagem e explica parte desse aumento. O resultado é que o cibercrime é seguro e lucrativo, ocorre em um ambiente em constante expansão e prospera em sistemas vulneráveis.”

As formas mais caras de cibercrime são espionagem econômica, roubo de propriedade intelectual, crime financeiro e, cada vez mais, ransomware. Esses são os responsáveis ​​pelas maiores perdas. “Estimamos que o roubo de propriedade intelectual e o crime financeiro respondem por dois terços das perdas monetárias e representam a maior ameaça às empresas. Estes são acompanhados por uma série de crimes contra consumidores e pequenas empresas que geralmente não envolvem grandes perdas, mas podem afetar milhares de indivíduos. No entanto, escondido atrás dos números estão outros custos menos óbvios que são pagos por empresas e consumidores de uma variedade de jeitos diferentes”, diz o relatório.

O levantamento mostra que dois terços das empresas pesquisadas sofreram algum tipo de incidente cibernético em 2019. A interrupção média das operações foi de 18 horas. O custo médio do incidente mais caro foi de mais de meio milhão de dólares. Quase todas as empresas afetadas disseram que os custos vão além da perda monetária — a maior perda não monetária foi na produtividade e horas de trabalho perdidas. Surpreendentemente, pouco mais da metade das organizações pesquisadas disseram não ter um plano para prevenir e responder a um incidente cibernético.