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Cresce uso partições de sistema para instalação de adware e malware

Da Redação
06/07/2020

As infecções por partições de sistema como método de instalação de adware estão aumentando em dispositivos móveis, de acordo com nova pesquisa da Kaspersky. Ela descobriu que 14,8% dos usuários do sistema Kaspersky que foram alvo de malware ou adware em 2019 tiveram esse tipo de infecção, o que significa que os arquivos maliciosos não podem ser excluídos.

Uma infecção da partição do sistema é particularmente perigosa, pois as soluções de segurança não conseguem remover arquivos maliciosos porque não podem acessar os diretórios do sistema. O adware — software criado para exibir publicidade intrusiva — está sendo cada vez mais instalado usando esse tipo de infecção, de acordo com a análise.

Isso pode ocorrer de duas maneiras: o arquivo obtém acesso root (como se fosse administrador do sistema) em um dispositivo e instala adware na partição do sistema ou, em alguns casos, eles já estão instalados no dispositivo antes de chegar ao consumidor.

A Kaspersky descobriu que o risco de esses arquivos serem pré-instalados em dispositivos móveis varia de 1% a 5% em dispositivos de baixo custo, chegando a 27% em casos extremos.

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O nível de ameaça desses programas maliciosos varia significativamente, desde cavalos de Troia que podem instalar e executar aplicativos sem o conhecimento do usuário, até sujeitar os usuários a publicidade intrusiva.

A Kaspersky acrescenta que alguns fornecedores admitiram incorporar adware em seus smartphones, o que reduz o custo do dispositivo para o consumidor.

Nossa análise demonstra que os usuários móveis não são apenas regularmente atacados por adware e outras ameaças, mas seus dispositivos também podem estar em risco antes mesmo de comprá-lo. Os clientes nem suspeitam que estão gastando seu dinheiro em um outdoor de bolso. Alguns fornecedores de dispositivos móveis estão se concentrando em maximizar os lucros por meio de ferramentas de publicidade no dispositivo, mesmo que essas ferramentas causem transtornos”, diz Igor Golovin, pesquisador de segurança da Kaspersky.

Segundo ele, essa não é uma boa prática, tanto no que diz respeito à segurança quanto à usabilidade do dispositivo. “Recomendo que os usuários analisem cuidadosamente o modelo de smartphone que desejam comprar e levem em conta esses riscos.”

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