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Cresce o risco e serviços de SOC ganham espaço

Está havendo um crescimento na demanda de serviços gerenciados de segurança. A combinação da pandemia da covid-19 com o home office trouxe uma demanda imediata por esse tipo de serviço. Ao mesmo tempo, essa mudança levou empresas a tomarem pelo menos duas providências: uma foi acelerar planos de digitalização que encontravam parados ou andando lentamente; outra foi fazer com que outras empresas transportassem para a nuvem todas as suas cargas de trabalho. Neste momento, vários provedores estão anunciando a ampliação dos serviços de SOC no Brasil para atender a ampliação do risco ocorrida por causa dessas mudanças. Empresas como NTT, Atos, Logicalis e Tempest, por exemplo, estão entre as empresas que ampliam neste momento seus serviços de SOC.

Rafael Cordeiro (acima à direita) e Paulo Alessandro (acima). Ouça a entrevista no áudio do podcast

Rafael Cordeiro, diretor de negócios da Tempest, explica que a empresa já comercializa serviços de SOC há 11 anos e que a demanda aumentou repentinamente. SOC, na verdade, é habitualmente utilizado por uma fatia do mercado que tinha maturidade e via esse recurso como de fato necessário: ” O que a gente veio percebendo nos últimos dois principalmente dois anos dois anos e meio é que o tema cibersegurança entrou no ‘mainstream’ – setores com menor maturidade no tema de cibersegurança vêm despertando cada vez mais em termos de maturidade, ganhando maturidade em relação ao tema e entendendo que realizar outros tipos de iniciativas de cyber como pentests, assessments pontuais etc não são mais o suficiente para uma estratégia de proteção”.

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Hoje, alerta Cordeiro, “dentro de uma estratégia de segurança você não consegue ter uma certeza de que não vai sofrer um ataque. É bom ter a certeza de que você vai sofrer um ataque em algum momento e que o segredo do sucesso para se sair com o menor impacto possível é ter uma capacidade de detecção e resposta rápida para incidentes de segurança. Por isso, o mercado que não comprava esse tipo de serviço tem passado adotá-lo como pedra fundamental de uma estratégia de segurança. O mercado então busca um parceiro num modelo de serviço gerenciado de segurança, subcontratado, terceirizado, o serviço do SOC”.

Os serviços de SOC têm várias subdivisões, acrescenta Cordeiro, que são serviços que se complementam e se retroalimentam, estruturando uma estratégia de proteção complementar. Paulo Alessandro Silva, o “P;A.”, gerente de pré vendas da Tempest, observa que não se deve desprezar o impulso oriundo da pauta de transformação digital das empresas: “Essa transformação passou a fazer parte da pauta de empresas nas quais isso antes não existia. De repente se viram com a necessidade de não só fazer movimentação de força produtiva, mas também de criar respostas para um mercado consumidor que prefere utilizar as canais digitais. Isso cria uma zona de impacto para ameaças cibernéticas muito maior do que essas empresas estavam anteriormente habituadas a lidar, sem sombra de dúvida”.

Cordeiro conta que parte dos novos clientes ainda chega como uma demanda de resposta a incidentes. No entanto, acrescenta, “uma boa parte tem demonstrado interesse prévio na construção de uma estratégia de segurança e de uma jornada de maturidade”. Muitas vezes, ele explica, o cliente já entende que ter o SOC ajuda muito, justamente no caso de um incidente: “Você consegue ter um mínimo de estrutura de resposta rápida é mais ágil, que consiga ser mais assertiva na contenção do incidente”, finaliza.

P.A. observa que o SOC é o centro nervoso de qualquer estratégia de segurança: “Se ele não está bem construído, existe uma tendência de se olhar para a coisa errada da forma errada. O que leva a decissões nem sempre adequadas ao que se precisa. Então isso também acentua a busca por segurança, onde o SOC é o principal elemento”.