As últimas sanções internacionais sobre a Coreia do Norte foram particularmente pesadas: ela não pode exportar carvão, minério de ferro, chumbo nem pescados. Pior: as contas bancárias de suas maiores empresas foram congeladas nos bancos do exterior. E suspeita-se de que é por meio delas que chegue dinheiro para a família do líder Kim Jong Un. O resumo disso tudo é que falta dinheiro no país. Curiosamente, hackers identificados como norte-coreanos (por causa dos números de IP associados a eles) estão tentando roubar criptomoedas como Bitcoin e Monero, por exemplo. O fato foi notado por pesquisadores da empresa de segurança FireEye a partir de 17 de Maio deste ano, quando foram atacadas três empresas sul-coreanas que operam com essas moedas.
Os ataques têm sido no estilo ‘spearphishing’, com e-Mails sobre ‘impostos’ direcionados aos funcionários das empresas. Os e-Mails sempre contêm algum link ou anexo contaminados com malware, para que seja possível monitorar o computador da vítima.
Com a valorização do Bitcoin (US$ 4.132 hoje) e de outras criptomoedas, os países começaram também a se interessar pelo assunto. No início de agosto, um conselheiro de Vladimir Putin anunciou planos aumentar a capacidade de mineração de Bitcoins da Russia, enquanto um senador australiano sugeriu no parlamento que o país deve desenvolver a sua própria criptomoeda.