Uma organização sul-coreana de pesquisa de energia nuclear admitiu que está investigando uma violação de segurança depois que relatos sugeriram que seu vizinho ao norte pode ser o responsável. O legislador Ha Tae-keung, que faz parte do comitê parlamentar de inteligência, citou um relatório atribuindo o ataque ocorrido em 14 de maio ao grupo APT Kimsuky, apoiado pelo governo central de Pyeongyang.
Um dos 13 endereços IP usados para atacar o Instituto de Pesquisa de Energia Atômica (KAERI) da Coreia do Sul foi rastreado até o grupo, que está em operação desde cerca de 2012, de acordo com a Reuters.
“O incidente pode representar sérios riscos de segurança se qualquer informação essencial vazar para a Coreia do Norte, já que o KAERI é o maior grupo de estudos do país sobre tecnologia nuclear, incluindo reatores e barras de combustível”, disse Ha em um comunicado.
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O KAERI emitiu uma resposta na sexta-feira passada, 18, admitindo que alguns sistemas foram violados por um “estranho não identificado” por meio de uma vulnerabilidade VPN. Posteriormente, o instituto bloqueou o endereço IP malicioso e corrigiu o bug. “Atualmente, KAERI está investigando o hacking e a quantidade de danos, etc., em conjunto com organizações relacionadas”, diz comunicado do instituto.
O KAERI disse que uma declaração anterior negando qualquer incidente de hacking foi emitida por engano, e pediu desculpas por qualquer preocupação causada ao público pela violação.
Acredita-se que a Coréia do Norte esteja a caminho para desenvolver plutônio para armas nucleares depois que as negociações lideradas pelos EUA foram interrrompidas em 2019.De acordo com as autoridades dos Estados Unidos, o grupo Kimsuky vem coletando dados de inteligência para o regime norte-coreano há quase uma década, com foco em política externa e questões de segurança nacional, incluindo sanções e armas nucleares.