O Office of the Comptroller of the Currency (Escritório do Controlador da Moeda dos EUA) comunicou ontem a aplicação de uma multa de US$ 80 milhões em dinheiro contra o banco Capital One. A brecha do Capital One aconteceu em julho de 2019, atingindo dados de 100 milhões de americanos e seis milhões de canadenses. Foram acessados registros gravados entre 2015 e 2019, que incluíam nomes, endereços, números de telefone, endereços de e-mail, datas de nascimento, renda e algumas informações ‘fragmentadas’, incluindo pontuação de crédito e dados de transações.
O suspeito pela violação foi um ex-funcionário da Amazon Web Systems, o provedor de nuvem escolhido pela Capital One. O vazamento não incluiu nenhuma informação bancária ou de cartão de crédito, mas continha mais de 140.000 números de previdência social e 80.000 números de contas bancárias vinculadas, conforme relatado pela agência Reuters.
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A OCC tomou essas ações com base na falha do banco em estabelecer processos eficazes de avaliação de risco antes da migração de operações de TI para o ambiente de nuvem pública, além de ter falhado em corrigir as deficiências em tempo hábil. O OCC informou que ao tomar essa decisão “considerou positivamente os esforços de notificação e correção para os clientes do banco. Embora o OCC incentive a inovação responsável em todos os bancos que supervisiona, o gerenciamento de riscos e os controles internos sólidos são essenciais para garantir que as operações do banco permaneçam seguras e protejam adequadamente seus clientes”.
O OCC constatou que as deficiências observadas constituíam “práticas inseguras ou insalubres e resultou em não conformidade com as diretrizes entre que estabelecem padrões de segurança da informação.