Um presidiário de 23 anos da cidade de Groningen, nos Países Baixos, que no ano passado foi condenado a 54 meses de prisão por phishing em grande escala, continuou as atividades de dentro da prisão, de acordo com infrmações do Ministério Público. O promotor exigiu na sexta-feira dia 9 de Setembro de 2022 uma sentença de prisão incondicional de mais 44 meses contra o homem. Se depender do Ministério Público, o cúmplice de 22 anos vai ficar atrás das grades durante 66 meses e pagar uma indenização superior a 151 mil euros.
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De acordo com o Ministério Público, o homem de Groningen desempenhou um papel importante nos ataques de phishing realizados na Holanda no ano passado: além de ser autor de ataques, desenvolveu painéis de phishing e ajudou outros criminosos a criar sites para fisgar usuários. Por meio de um painel de phishing, os criminosos podem receber os dados que as vítimas inserem em sites de phishing. Quatro telefones celulares já foram encontrado em sua cela, um deles oculto na gaiola de um passarinho que ele cria na prisão. Segundo o Ministério Público, nos telefones havia mais de mil conversas com pessoas tentando fazer com que elas clicassem em um link.
Ele se apresenta como um potencial comprador num marketplace e pede às vítimas que transfiram um centavo de euro para verificação. No entanto, o link de pagamento enviado pelo suspeito aponta para um site de phishing. Com todos os dados que as pessoas inserem lá, o suspeito ganha acesso à conta bancária da vítima, pode roubar dinheiro, segundo o Ministério Público.
Desse modo o presidiário teria roubado mais de 34.000 euros com seu celular. Segundo o Ministério Público, ele foi ajudado por um homem de 22 anos de Hoogezand. Ele forneceu as instruções necessárias e painéis de phishing, mas também esteve envolvido no login nas contas bancárias. Dezenas de sites de phishing foram encontrados nos dispositivos desse suspeito, além de milhares de arquivos com dados pessoais e centenas de imagens de contas bancárias nas quais as pessoas estavam logadas.
Esse homem de Hoogezand é suspeito de ter feito 258 vítimas, das quais dezesseis em conjunto com o presidiário de Groningen. Em 16 de setembro, um terceiro suspeito neste caso estará sendo julgado. Depois disso, o tribunal encerra a investigação e toma uma decisão em 30 de setembro.