[ 232,791 page views, 111,038 usuários nos últimos 30 dias ] - [ 5.937 assinantes na newsletter, taxa de abertura 27% ]

Pesquisar

Concorrência amplia mercado de seguro cyber

O mercado de seguro cibernético está em crescimento, impulsionado por ameaças crescentes e maior concorrência entre as seguradoras. De acordo com um relatório da Moody’s, o setor deve continuar em alta nos próximos anos, porque grupos de hackers aprimoram suas capacidades para atacar empresas de forma cada vez mais sofisticada. Apesar de uma estabilização nos preços, o relatório indica que o aumento da concorrência, com mais seguradoras e investidores entrando no mercado, contribui para uma gestão de perdas mais eficaz, embora os índices de perdas possam crescer se houver aumento de ataques como os de ransomware.

Leia também
20 das empresas brasileiras engatinham na segurança
Cibercrime tem 5,2 milhões de arquivos de grande banco

Um dos principais desafios enfrentados pelo setor de seguros cibernéticos é o risco de agregação, como destacou a falha global de dispositivos Microsoft Windows em julho, causada por uma atualização defeituosa do software da CrowdStrike. Esse risco de falha em pontos únicos pode levar a mudanças nas políticas de seguro e ajustes nas coberturas, à medida que as empresas continuam vulneráveis a ataques em suas cadeias de suprimentos e dependem cada vez mais de tecnologias conectadas.

A sofisticação do setor de seguros cibernéticos tem sido crucial para ajudar as empresas a gerenciar melhor seus riscos. O relatório da Moody’s destaca que as seguradoras não só ajudam a cobrir financeiramente as consequências de ataques, como também orientam seus clientes na implementação de práticas preventivas, como governança de incidentes e resposta a crises cibernéticas. Além disso, políticas exigem que as empresas adotem medidas básicas de segurança, como a autenticação multifatorial e backups de sistema.

A análise da Moody’s revela que essas práticas têm melhorado a higiene cibernética das organizações, reduzindo o impacto financeiro de possíveis ataques. “As seguradoras agora exigem que os segurados mantenham controles mínimos de segurança cibernética, o que ajuda a mitigar as perdas em caso de ataque”, disse Laline Carvalho-Neff, vice-presidente e analista sênior da Moody’s Ratings.

O relatório surge em meio a preocupações crescentes sobre interrupções nos negócios e eventos catastróficos. Na semana passada, a Casa Branca confirmou que está desenvolvendo uma política para lidar com riscos cibernéticos de longo prazo, considerando a capacidade do setor privado de cobrir lacunas em caso de grandes catástrofes cibernéticas.