A Cisco anunciou seu novo chip de emaranhamento para redes quânticas e a criação do Cisco Quantum Labs, com o objetivo de conectar computadores quânticos menores em um único sistema distribuído e mais poderoso. A ideia é usar o emaranhamento quântico para formar uma internet quântica, que permitirá que máquinas fisicamente separadas atuem como um único computador quântico massivo.
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O chip pode gerar até 200 milhões de pares de fótons emaranhados por segundo com alta fidelidade, usando comprimentos de onda compatíveis com redes de telecomunicação. Inicialmente, será usado para distribuição quântica de chaves criptográficas, considerada uma das formas mais seguras de transmissão de dados. No futuro, servirá para integrar unidades de processamento quântico espalhadas por diferentes locais físicos.
Segundo a Cisco, esse tipo de infraestrutura poderá reduzir a dependência de grandes computadores quânticos monolíticos, acelerando o desenvolvimento da computação quântica de larga escala. A empresa acredita que a conexão de pequenos computadores por meio de ebits permitirá que eles funcionem de forma coordenada, com segurança garantida pela coerência dos fótons emaranhados.
O novo centro de pesquisa em Santa Monica reunirá cientistas e engenheiros focados em redes quânticas. Embora os avanços ainda estejam em fase inicial, a Cisco afirma que sua arquitetura poderá ser aplicada em data centers colaborativos ou serviços de nuvem pública até 2030, ano previsto para a chegada de computadores quânticos plenamente utilizáveis.
Com essa iniciativa, a Cisco pretende antecipar o surgimento de uma nova geração de soluções em computação, capazes de atender demandas complexas como simulações científicas, descoberta de medicamentos, algoritmos avançados de inteligência artificial e outras aplicações industriais.