Bancos e e-commerces podem aumentar significativamente a eficiência na detecção de transações fraudulentas ao integrar redes de inteligência compartilhada, aponta o Relatório Panorama Global de Fraude e Identidade da LexisNexis Risk Solutions. A pesquisa evidencia que a colaboração entre empresas para troca de informações sobre fraudes é essencial para construir uma confiança digital robusta e melhorar as avaliações de risco. Em casos citados no relatório, organizações que implementaram inteligência digital colaborativa obtiveram resultados expressivos, como o aumento de até 23 vezes na eficácia de sistemas de avaliação de risco.
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No entanto, a pesquisa alerta para desafios persistentes. Apesar do impacto positivo comprovado, apenas 27% das organizações em regiões como Europa, Oriente Médio, África e Ásia-Pacífico utilizam consórcios de dados em suas estratégias antifraude. Ao mesmo tempo, o relatório aponta que fraudadores estão cada vez mais sofisticados, adotando tecnologias como phishing automatizado e deepfakes, o que ameaça a confiança dos consumidores. A integração entre prevenção de fraudes e experiência digital, classificada como prioridade crítica por 72% das empresas, precisa avançar para acompanhar as inovações no setor afirma o relatório.
A luta contra identidades sintéticas e o uso de “laranjas” na lavagem de dinheiro também foi destaque no estudo. Esses esquemas, que impactam até 5% do PIB global, mostram a importância de estratégias multicamadas para combater fraudes. Stephen Topliss, vice-presidente de fraude e identidade da LexisNexis, enfatizou que o equilíbrio entre inovação tecnológica e segurança é crucial para garantir a confiança dos consumidores. Sem isso, existe o risco de as pessoas abandonarem as plataformas digitais, prejudicando tanto negócios quanto o crescimento econômico global.