A Cisco anunciou ontem que vai demitir 7% de sua força de trabalho global, ou cerca de 6.300 funcionários. A Cisco disse em um documento que espera gastar US$ 1 bilhão em indenizações e outros benefícios de rescisão dessa reestruturação, sendo entre US$ 700 milhões e US$ 800 milhões desses custos realizados no trimestre fiscal atual. “Trata-se realmente de garantir que, em um mercado em rápida evolução que atendemos, sejamos capazes de transferir recursos para as áreas mais importantes”, disse o CEO da Cisco, Chuck Robbins, aos investidores, durante a teleconferência de resultados ontem.
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Duas áreas priorizadas pela Cisco são inteligência artificial e segurança cibernética. “Para focar nessas duas áreas amplas, anunciamos hoje um plano de reestruturação que nos permitirá investir em oportunidades de crescimento importantes, bem como impulsionar mais eficiência em nossos negócios”, disse Robbins. Em fevereiro deste ano, a Cisco anunciou que estava cortando cerca de 4.200 empregos (5% de sua força de trabalho) à medida que as condições de negócios pioravam. Então, em março, concluiu a aquisição da Splunk, um acordo que aumentou seu quadro de funcionários novamente.
O CFO da empresa, Scott Herren, observou na teleconferência de resultados que a empresa está “mudando mais para IA, mudando mais para nuvem e mudando mais para segurança cibernética”. E sugeriu que, com o tempo, empregos podem ser adicionados nessas áreas, mas em “locais de menor custo”. Isso soa (potencialmente) como se empregos fossem cortados agora nos EUA e outros mercados de altos salários, e alguns (embora não tantos) adicionados mais tarde em outros países.