Cingapura está se preparando para uma ofensiva contra o crime cibernético com o lançamento de um órgão central e a nomeação de um ministro encarregado da segurança cibernética, disse um porta-voz do governo na última terça-feira, já que essa rica cidade-estado enfrenta um aumento da criminalidade online.
Nos últimos anos, Cingapura tem lutado para combater criminosos virtuais, que têm muitos delitos cometidos, incluindo o roubo de dados de clientes do Standard Chartered Bank (STAN.L) e invasão ao site oficial do primeiro-ministro. Especialistas em segurança dizem que os países asiáticos desenvolvidos e ricos em tecnologia são particularmente vulneráveis a ataques. Cingapura depende muito de sua reputação de ter baixo índice de criminalidade e ser politicamente estável para atrair empresas multinacionais para seu território.
A agência nacional de segurança cibernética, que entrará em operação em 1 de Abril, irá consolidar e centralizar a supervisão das funções de segurança cibernética, disse o Gabinete do Primeiro-Ministro em um comunicado. O governo também anunciou as novas funções do ministro encarregado da segurança cibernética. Yaacob Ibrahim, ministro da Comunicação e Informação, vai ocupar o posto. A criação da agência cibernética nacional segue a abertura de um centro da Interpol em Cingapura no ano passado, que se concentra a luta contra o crime cibernético na região. Noboru Nakatani, diretor executivo do Complexo Global da Interpol para a Inovação, disse ser provável que Cingapura se mantenha como o principal alvo de ataques cibernéticos. A Boeing informou em outubro passado que estava abrindo um centro de segurança cibernética em Cingapura, a sua primeira instalação desse tipo fora dos Estados Unidos, para enfrentar os “desafios de segurança cibernética atuais e em evolução” na região.