Ataques cibernéticos que interferissem nas operações dos portos alemães de Bremerhaven ou Hamburgo prejudicariam seriamente os esforços da Otan no envio de reforços militares aos aliados, disse Ben Hodges, ex-chefe do Exército dos EUA na Europa, à agência Reuters.
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Em entrevista à agência, Hodges disse que a defesa cibernética é tão importante quanto a defesa antimísseis.
O ex-general também lembrou o ataque do ransomware NotPetya em 2017, que atingiu várias empresas em diferentes países, incluindo a principal transportadora de cargas do mundo, a dinamarquesa Maersk. A Maersk teria tido um prejuízo da ordem de US$ 300 milhões como consequência do ataque.
“Bremerhaven e Hamburgo são de fato os portos marítimos mais importantes dos quais a aliança depende, em termos de equipamento militar, não apenas de carga comercial… Se não pudermos usar Bremerhaven, será muito difícil para os EUA fornecer reforços e realizar uma parte dos planos operacionais “, disse Hodges.
Além disso, o general está preocupado com a decisão de Berlim de permitir que a companhia marítima estatal chinesa Cosco compre uma participação no terminal do maior porto da Alemanha, Hamburgo. Segundo Hodges, a China terá acesso à infraestrutura crítica de transporte e, se desejar, poderá causar danos.