Hackers estão usando aplicativos temáticos do coronavírus para roubar dados bancários de italianos e espanhóis ansiosos de informações sobre a pandemia

Hackers estão contaminando ou fabricando aplicativos temáticos do corona vírus para tentar roubar dados principalmente de italianos e espanhóis ansiosos de informações sobre a pandemia, informa a ESET, empresa de antivírus eslovaca. Os aplicativos se apresentam como legítimos, oferecendo atualizações sobre a disseminação do vírus e meios de avaliar o risco de infecção para as pessoas.
Lukas Stefanko, especialista da ESET para segurança do sistema operacional Android, contou que esses aplicativos estiveram disponíveis para download por alguns dias mas ainda não está claro quantas pessoas os baixaram. O aplicativo malicioso destinado a usuários espanhóis, segundo ele, já não está mais disponível e não está claro se o aplicativo italiano ainda continua na web.
O aplicativo Android destinado aos usuários espanhóis é um trojan bancário – código projetado para roubar informações financeiras – que surgiu no ano passado. Ele estava disponível em um site malicioso de terceiros e não na loja autorizada do Google Play, disse Stefanko. A SoftMining, empresa italiana que criou o aplicativo legítimo para rastreamento do Covid-19, alertou os usuários de que “alguns hackers estão enviando versões falsificadas de nosso aplicativo nas quais eles injetaram código malicioso”.
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Stefanko disse não saber quem está por trás das tentativas de roubar os dados desses usuários em particular e que as duas campanhas não parecem estar relacionadas. A atividade maliciosa faz parte de uma onda mais ampla de fraudes e phishing relacionados ao Covid-19 nas últimas semanas. Algumas estão chamando a atenção dos usuários utilizando o mapa dinâmico da Johns Hopkins University para distribuir malware. O procurador-geral dos EUA, William Barr, prometeu que haverá repressão. Mas não são apenas os criminosos que estão explorando a crise e o nome da doença associada à pandemia. Os hackers de espionagem de vários países, incluindo Líbia e China, também estão usando esse recurso.