Com a chegada dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, as diferentes indústrias estão se concentrando em
proteger tanto fisicamente quando ciberneticamente seus negócios. Neste estudo sobre a Cibersegurança e
os Jogos Olímpicos*, o X-Force, time de segurança da IBM, traz à tona o assunto, discute o foco de hackers no
País e faz recomendações sobre as melhores práticas para mitigar essas ameaças para os negócios e para o
público em geral. A porta-voz para o Estudo no Brasil foi Limor Kessem, uma das mais importantes especialistas em ciberinteligência da IBM. Além de porta-voz para a área, é blogueira de segurança no IBM Security Intelligence (https://securityintelligence.com/) e também mantém seu Twitter @iCyberFighter, no qual fala sobre segurança da informação.
Segundo o estudo, o cibercrime é um dos principais desafios das empresas brasileiras. De acordo com um relatório
encomendado recentemente pela IBM ao Instituto Ponemon sobre o custo médio de violação de dados, “Cost of Data Breach Study 2016”, o Brasil é o primeiro colocado de uma lista de 12 países com alta probabilidade de sofrer violações de dados nos próximos dois anos. Seguido do Brasil (40%) está a África do Sul (33%), França (32%) e Índia (31%), além de outros oito players mundiais.
Em 2016, todos os olhos estarão voltados para o País em um dos maiores acontecimentos mundiais. Com fãs chegando de diferentes localidades, os criminosos têm a expectativa de que a maioria dos participantes dos jogos se enquadra em faixas de renda acima da média. Como em todos os eventosde grande porte que acontecem ao redor do mundo, os visitantes correm riscos de fraudes. Os cartões de crédito e pagamentos em geral, por exemplo, serão muito utilizados e acabam sendo bastante vulneráveis. Quando você entregar o seu cartão para um funcionário, não se sabe mais se os dados estão em segurança. Isso porque ninguém pode avaliar, a olho nu, a segurança de um dispositivo de pagamento móvel moderno. Até mesmo os comerciantes podem ser burlados por seus próprios testes de segurança.
Há ainda outros tipos de violações que ganharam destaques, como roubo de dados em grandes empresas, ataques a instituições de saúde que resultam em fraude lucrativas de seguros ou ações “hactivistas” contra os governos mas, no geral, as ações de hackers continuarão voltadas para o usuário de cartões e softwares bancários.
#Por que somos o alvo da vez?
A grande população do Brasil explica. São muitos usuários e a atenção para a segurança cibernética
é relativamente baixa. Além disso, o País possui um crime digital organizado que está bastante forte.
A baixa consciência sobre os ganhos de se investir em segurança faz com que os brasileiros sejam
relutantes quanto à aquisição de softwares, firewalls e demais ações para se proteger. Isso,
obviamente, aumenta potencialmente o risco de ataques por malwares.
Como o aumento do acesso à internet, novos usuários ainda desconhecem as ferramentas de
segurança disponíveis e acabam se tornando possíveis alvos para ataques quando, por exemplo,
estão navegando pelo celular ou computador.
Os riscos aumentam caso o usuário acesse o banco online por meio de seus dispositivos móveis. De
acordo com um relatório da Federação Brasileira dos Bancos, Febraban, o cibercrime causou 95%
das perdas de dados para bancos no País.
Hoje, o cenário de segurança da informação no Brasil ainda é menos rigoroso do que em outras
partes do mundo, até mesmo quando falamos da proteção nas organizações.
Para o cibercriminoso “em trabalho” durante os Jogos Olímpicos não há uma razão particular para desistir
destes métodos muito rentáveis de fraude e roubo. Na verdade, com um grande número de visitantes
“desavisados” há uma grande oportunidade de lucrar. Para usuário de smartphones ou computadores, é
preciso ter atenção avisa a especialista da IBM.