O governo britânico alertou nesta quarta-feira que a China está se firmando como uma superpotência cibernética, representando um desafio significativo à segurança nacional. Durante a conferência CYBERUK em Manchester, o ministro sênior Pat McFadden afirmou que o país asiático possui “sofisticação, escala e seriedade” em suas operações cibernéticas, tornando-se um ator central nesse domínio.
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Richard Horne, diretor do Centro Nacional de Segurança Cibernética (NCSC), reforçou a preocupação, destacando que a atividade persistente ligada ao ecossistema digital da China continua alarmante. O alerta britânico ocorre após diversas nações ocidentais, como Estados Unidos, Dinamarca, França e Canadá, denunciarem campanhas de espionagem cibernética ligadas a entidades chinesas, especialmente nos setores de telecomunicações.
As autoridades canadenses apontaram que Pequim vem acumulando grandes volumes de dados sobre políticos e cidadãos no mundo todo. Já os EUA apresentaram dezenas de acusações criminais contra hackers chineses, acusando-os de operar dentro de um mercado interno de corretagem de dados e intrusão a serviço do Partido Comunista Chinês.
Apesar das preocupações, McFadden argumentou que um rompimento econômico com a China “não é uma opção viável” para o Reino Unido, dada sua profunda integração nas cadeias de suprimento globais. Ele defendeu uma postura de engajamento estratégico com Pequim, equilibrando interesses econômicos com a necessidade de proteger o ciberespaço britânico.
O ministro reconheceu que ciberataques e espionagem digital devem ser considerados aspectos permanentes da nova ordem global e elogiou os esforços dos profissionais de segurança cibernética britânicos, em especial sua colaboração com os aliados da aliança Five Eyes.
