O órgão regulador da internet na China anunciou um novo mecanismo para examinar produtos de tecnologia da informação antes que possam ser usados no país. O novo sistema vai entrar em vigor este ano, disse Peng Bo, vice-diretor da Administração de Ciberespaço da China em uma coletiva de imprensa em Pequim ontem. O regulador anunciou em maio passado que os produtos e serviços serão proibidos de entrar no país se não forem considerados seguros e controláveis. A decisão de examinar tecnologia estrangeira foi desencadeada pelas revelações do ex-funcionário de inteligência dos EUA Edward Snowden, que revelou a espionagem generalizada da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA). Snowden disse que os serviços de inteligência dos Estados Unidos invadiram os computadores da Universidade de Tsinghua, um dos centros de pesquisa mais importantes do China, segundo a agência oficial de notícias Xinhua.
A China está indicando que irá descartar tecnologia estrangeira dos bancos, instalações militares, empresas estatais e agências governamentais chave até 2020, substituindo tudo por itens produzidos por fornecedores nacionais, disseram pessoas familiarizadas com o plano.
O impulso faz parte do esforço do presidente Xi Jinping para acelerar o desenvolvimento da indústria de tecnologia da informação anunciada na primeira reunião de seu novo painel de segurança da Internet em fevereiro passado.