O centro nacional de resposta a incidentes cibernéticos da China (CNCERT) acusou o governo dos EUA de lançar ataques cibernéticos contra duas empresas de tecnologia chinesas em uma tentativa de roubar segredos comerciais. Em um alerta na quarta-feira, a Equipe Técnica do órgão disse que uma agência de inteligência dos EUA estava por trás dos ataques, e que o CNCERT os “gerenciou”. O governo dos EUA tem acusado a China de espionagem cibernética para roubar segredos comerciais de empresas nacionais, e as alegações da China sobre ataques cibernéticos dos EUA chegam no meio de uma campanha muito pública de autoridades do governo dos EUA culpando a China por um grande ataque a operadoras de telecomunicações.
Leia também
Empresa italiana é acusada de espionagem global
Grupo iraniano usa spray de senhas para espionagem
O CNCERT disse que um dos ataques remonta a agosto deste ano, contra “uma certa unidade avançada de design e pesquisa de materiais”. Os supostos invasores exploraram uma vulnerabilidade em um sistema de gerenciamento de documentos para se infiltrar no servidor de gerenciamento de atualização de software que a empresa usava e, em seguida, instalaram cavalos de Troia em mais de 270 hosts da empresa, disse o CNCERT.
O outro ataque data de maio do ano passado, contra uma “empresa de alta tecnologia em larga escala” na “indústria de energia inteligente e informação digital” da China, de acordo com o CNCERT. A análise do centro determinou que os invasores exploraram vulnerabilidades do Microsoft Exchange para entrar no servidor de e-mail da empresa, então implantaram backdoors e assumiram o controle de dispositivos na empresa e suas subsidiárias.
A China, nos últimos anos, intensificou suas acusações sobre ataques cibernéticos dos EUA. O relatório não nomeou um escritório ou entidade específica do governo dos EUA responsável pelos ataques.
O jornal China Daily, de propriedade do Partido Comunista Chinês, publicou um infográfico este ano detalhando alegações de que os Estados Unidos são a principal fonte de ataques cibernéticos contra a China nos últimos cinco anos, citando o CNCERT em parte.
