O Banco de Chile, um dos mais antigos do Chile, pode ter sido invadido pelo grupo de hackers ShadowBrokers: na quarta-feira da semana passada, a Superintendencia de Bancos e Instituciones Financieras (SBIF), órgão que desde 1925 supervisiona o mercado para proteger os depositantes e clientes, confirmou que o sistema financeiro chileno foi atacado. Os dados foram publicados num endereço da internet e tuitados pelos ShadowBrokers. Foram localizados em seguida pela equipe do SOC da Telefónica em Santiago. Do total de números publicados, a maioria é de cartões inativos segundo a SBIF, mas 2446 estavam ativos.
Um especialista em segurança, no entanto, conseguiu copiar os dados e colocá-los numa planilha que está disponível na internet para consulta. A planilha contém 15093 números, mais do que os 14 mil informados pela SBIF.
Em sua mensagem no Twitter, os ShadowBrokers atacam o governo chileno e exigem a libertação de quatro hackers, um deles chileno. Os cartões não são emitidos somente pelo Banco de Chile, mas também por vários outros bancos, entre eles o Itaú (do Chile) e o Santander (idem), havendo ainda emissores de outros países. Além do número do cartão, os hackers publicaram também o código de segurança e a data de expiração de cada cartão. O comunicado da SBIF diz ainda que “La Superintendencia se ha contactado con las entidades afectadas, a las que se les ha instruido tomar las medidas para resguardar a los clientes titulares de las tarjetas afectadas, comunicarse de forma clara y oportuna con ellos y tomar todas las acciones de seguridad necesarias para aclarar el origen del incidente”.