O império mediático de Yevgeniy Prigozhin, mais conhecido pelas suas campanhas de desinformação durante as eleições presidenciais dos EUA em 2016, continua a visar a Europa, EUA, Ucrânia e o interior da Rússia, mesmo após a morte do líder das tropas mercenárias do Grupo Wagner, de acordo com um novo relatório da unidade de inteligência Mandiant do Google.
Há vários meses, o futuro das empresas de Prigozhin e das chamadas “fazendas de trolls” — incluindo a agência de pesquisa na internet IRA — estava em questão, quando ele e seu grupo militar de mercenários levaram a cabo uma rebelião armada no interior da Rússia. Dois meses após a rebelião, Prigozhin morreu em circunstâncias suspeitas, mas as campanhas de desinformação continuam.
“Pelo menos alguns componentes dos ativos e infraestruturas dessas campanhas permaneceram viáveis desde a morte de Prigozhin, e avaliamos com moderada confiança que permanecerão operacionais no médio prazo”, disseram os pesquisadores.
Veja isso
Grupo pró-Rússia tem como alvo operadoras de telecom e governos
Hackers ligados à Rússia e China exploram dia zero do WinRAR
Entre as campanhas analisadas pela equipe da Mandiant está uma que tem tentado influenciar o público norte-americano com políticas de direita desde pelo menos outubro de 2020. A campanha foi provavelmente dirigida por membros ligados ao IRA e exposta publicamente várias vezes.
A Mandiant descobriu que os operadores ainda estão promovendo narrativas pró-Rússia nos EUA, incluindo aquelas sobre política interna e eleições, a invasão russa da Ucrânia e o conflito Israel-Hamas.