Os cibercriminosos agiram rápido às notícias de uma nova variante do coronavírus, a Ômicron, potencialmente mais transmissível, é já criaram campanhas de e-mail de phishing cuidadosamente elaborada para tirar proveito da situação, de acordo com observadores.
O grupo britânico de defesa do consumidor Which?, por exemplo, identificou um e-mail de phishing criado para parecer enviado pelo serviço de saúde pública do Reino Unido, o NHS (SUS britânico), e exorta os destinatários a realizar um novo teste PCR para a variante ômicron.
Duas versões separadas do mesmo e-mail apresentam um link e um botão de aparência legítima com a frase “obtenha agora”. “O e-mail falso também foi enviado para a Which?, que é membro do NHS usando o endereço de e-mail ‘contact-nhs [AT] nhscontact.com’. Este endereço de e-mail pode parecer autêntico, mas não tem nada a ver com o NHS”, explica um comunicado do Which?.
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Além de alegar falsamente que a nova variante requer novos kits de teste, o e-mail convida os destinatários a visitar o site. Mas clicar no link, ele é levado ao endereço “healt-service-nh.com” que é uma cópia do site do NHS criado há poucos dias.
O site de phishing então pede que os usuários insiram seu nome completo, data de nascimento, endereço, número de celular e endereço de e-mail, bem como o nome de solteira de sua mãe — que os golpistas podem usar para criar ataques de fraude de identidade subsequentes. Ele também pede um pequeno pagamento para “entrega”. Se o usuário realizar o pagamento, ele também terá seus dados de cartão bancário roubados.
No auge da primeira onda da pandemia, em abril de 2020, o Google disse ter bloqueado mais de 240 milhões de mensagens de spam com o tema covid por dia e 18 milhões de e-mails de malware e phishing. Muitos deles direcionados a usuários no Brasil. Portanto, assim como a nova variante, a chegada de e-mails de phishing que utilizam a Ômicron para atacar é apenas uma questão de tempo.