Uma pesquisa feita pela Avast no início de Outubro revelou que 65% dos brasileiros temem que a webcam de seus computadores se torne uma câmera espiã. Entre os americanos e canadenses, esse número é 61%. Muitas ferramentas capazes de invadir a webcam de um computador estão disponíveis no mercado ou mesmo na DarkNet e várias são gratuitas. As câmeras têm um LED que indica sua atividade, mas algumas das ferramentas evitar que a luz se acenda.
Em comparação com os resultados globais, a pesquisa da Avast (proprietária das linhas de produtos de segurança Avast e AVG) indica que os brasileiros estão mais conscientes de que podem ser espionados sem que a luz indicadora da webcam seja acesa. Globalmente, 40% dos entrevistados desconhecem esse risco, enquanto 50% dos brasileiros afirmam ter conhecimento dele.
Muitas pessoas, como o ex-diretor do FBI, James Comey, e o CEO do Facebook, Mark Zuckerburg, cobrem suas webcams para evitar que espiões os vejam, caso consigam invadir seus dispositivos. No Brasil, apenas 37% dos entrevistados fazem isso. A prática é maior entre usuários dos Estados Unidos (52%) e do Canadá (55%).
“Cobrir webcams é um bom começo, mesmo que muitas vezes seja inconveniente para as pessoas que frequentemente usam a câmera do computador”, diz Ondrej Vlcek, CTO da Avast. Recentemente, a empresa lançou para os usuários dos produtos AVG e Avast um recurso para total controle de uso das câmeras, sem eliminando a necessidade de cobrí-las: os usuários têm a opção de forçar todas as aplicações que usem câmera a solicitar sua permissão antes de acessar esse recurso.