CIOs e profissionais de TI dizem que estão tendo muita dificuldade para encontrar profissionais da área com a experiência no mercado

Uma pesquisa feita com profissionais de TI do Reino Unido revela que a esmagadora maioria (90%) acreditam que o Brexit tornará a escassez crônica de habilidades no setor ainda pior. O levantamento realizado pela fornecedora de sistemas de segurança RedSeal entrevistou 502 profissionais de TI para saber quais serão os desafios de habilidades enfrentados com a saída do país da União Europeia.
No total, 87% dos CIOs e profissionais seniores de TI admitiram que estão lutando para encontrar profissionais de segurança cibernética com a experiência no mercado. Além disso, 73% disseram que a incerteza relacionada ao Brexit está aumentando o desafio de contratar fora do Reino Unido, e um percentual ainda maior de profissionais (95%) disse que deixar a UE apenas aumentará a atual lacuna de habilidades em cibersegurança.
É um desafio que pode ter um grande impacto econômico e social no país: 81% dos entrevistados disseram ter sido atingidos por uma violação da segurança cibernética nos últimos 12 meses, e dois quintos admitiram que seus negócios não acontecem sem que tenham um plano para responder a um incidente.
“O ensino superior em segurança cibernética precisa de suporte contínuo para acompanhar o cenário de ameaças em constante mudança que as empresas britânicas estão enfrentando no momento. É mais importante do que nunca envolver os jovens e os agentes de mudança que estão no meio da carreira no desenvolvimento de habilidades técnicas de computação e segurança”, enfatizou Peter Komisarczuk, chefe do departamento de segurança da informação da Universidade Royal Holloway de Londres.
Segundo ele, existem oportunidades de carreira significativas em segurança cibernética — o salário médio anual para empregos em segurança cibernética é de 72,5 mil libras esterlinas — há alunos da Royal Holloway obtendo significativamente mais do que o salário médio de pós-graduação, que é de 23 mil libras esterlinas ao se formar.
Globalmente, a escassez de habilidades em segurança cibernética já ultrapassou a casa dos 4 milhões, sendo 291 mil somente na Europa, que experimentou um aumento de mais de 100% na escassez de 2018 a 2019, de acordo com o (ISC) 2.