A última edição da pesquisa “The Global State of Online Digital Trust”, feita pela Frost & Sullivan para a CA, mostra que quase metade (48%) dos executivos entrevistados afirmam que suas organizações estiveram envolvidas em violações de dados. Pior, 43% dos líderes de negócios admitem que vendem informações pessoalmente identificáveis (PII na sigla em inglês). A pesquisa analisa as opiniões de consumidores, profissionais de cibersegurança e executivos sobre confiança nos serviços online. O estudo indica que só 15% dos profissionais de cibersegurança pesquisados estavam cientes da venda de dados, embora 90% das organizações afirmem que oferecem forte proteção dos dados de consumidores.
Há uma grande diferença entre a percepção dos consumidores e dos executivos de cibersegurança: o Índice de Confiança Digital dos consumidores foi de 61%, enquanto o dos executivos foi de 75%. Curiosamente, o Brasil apresenta o maior índice de confiança, com 68% – e uma diferença de apenas 10% para a percepção dos executivos. Em outras palavras, o brasileiro acredita mais, tem mais confiança nos serviços online.
Quase metade dos consumidores (48%) relata ter abandonado os serviços de uma organização envolvida em violação de dados divulgada publicamente. No Brasil, esse indicador é de 45%. E aqui 59% dos consumidores não acreditam que seus dados sejam vendidos – ou não têm certeza de que isso acontece. Enquanto na Alemanha esse índice é de 27%.
As respostas da pesquisa mostraram que o Índice de Confiança Digital global de 2018 é de 61 pontos, considerando o total de 100 pontos. Esse índice mede a confiança dos consumidores pesquisados na capacidade ou no desejo das organizações de proteger totalmente os dados dos usuários. O índice foi calculado com base em diferentes sistemas que medem os principais fatores relacionados à confiança digital, incluindo o nível de inclinação dos consumidores para compartilhar dados pessoais com as organizações e o nível de proteção de dados garantida pelas organizações.
A pesquisa foi feita com 990 consumidores, 336 profissionais de segurança e 324 executivos de 10 países em março e abril de 2018. Os entrevistados da pesquisa exercem posições de alta gerência e TI em empresas públicas e privadas que operam em nove setores da indústria.