As mulheres já representam 32% das matrículas globais de GenAI em cursos na plataforma Coursera. Nas matrículas desses cursos feitas por residentes no Brasil, elas correspondem a 26,6%, informou ontem a empresa em comunicado. Segundo o texto, “embora a educação em IA no Brasil continue a expandir rapidamente, a necessidade de estratégias direcionadas para garantir acesso equitativo às oportunidades de GenAI permanece”.
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Para celebrar o Dia da Mulher, a Coursera lançou o playbook ‘Fechando a Lacuna de Gênero nas Habilidades de GenAI’, recurso produzido para enfrentar a lacuna de gênero nas habilidades de Inteligência Artificial Generativa (GenAI) no Brasil. O playbook explora estratégias acionáveis para capacitar mais mulheres a aproveitar o GenAI e destaca a necessidade urgente de esforços contínuos para construir um ambiente de IA mais inclusivo e equitativo.
Em 2024, o Brasil registrou um aumento superior a 1000% nas matrículas para cursos de GenAI. As mulheres representam apenas 35% dos graduados universitários nas áreas de STEM nos países do G20. No entanto, a representação feminina na força de trabalho é relativamente mais alta, com 52% no setor público e 40% no setor privado, ocupando 41% das posições de gestão. Isso destaca o desafio de traduzir o progresso educacional em maior avanço profissional e reforça a necessidade de mais ações para impulsionar a inclusão de gênero na liderança tecnológica e além.
A Dra. Alexandra Urban, Líder de Pesquisa em Ciência da Aprendizagem da Coursera, afirmou: “O cenário de IA em rápido crescimento no Brasil apresenta uma oportunidade única de reduzir as lacunas tradicionais de gênero na tecnologia. Com as mulheres representando apenas 26,6% dos alunos de GenAI no país, expandir o acesso à educação em IA e garantir caminhos claros para cargos de liderança é fundamental. Abordar desafios como lacunas de confiança, relevância na carreira e acessibilidade capacitará mais mulheres a aproveitar o GenAI, promover a inovação e impulsionar a transformação digital e o crescimento econômico do Brasil.”
O playbook reconhece as barreiras sistêmicas à participação das mulheres em GenAI e identifica os principais desafios que devem ser enfrentados