O Brasil é o oitavo país mais visado em termos de ataques a dispositivos de Internet das Coisas, diz o último relatório da empresa NSFOCUS sobre esse assunto: isso quer dizer que os cibercriminosos estão utilizando cada vez mais esse meio para acessar redes e roubar dados, manter partes da rede (ou toda ela) a seu serviço (como botnet) para a geração de ataques ainda maiores.
Segundo os dados coletados pelo NSFOCUS Security Labs, laboratórios da empresa focados na descoberta e análise de ameaças, foram detectados no Brasil, em média, 1.236 ataques por empresa, nos meses de abril a junho deste ano. O número representa uma alta de 57% em relação ao mesmo período de 2020. Entre os dispositivos mais atacados estão as câmeras IP (35%), os roteadores (35%) e os mídia players e assistentes virtuais (20%). O principal ataque ocorre por meio de malwares específicos para dispositivos IoT e é favorecido por credenciais fracas – em geral as que vêm de fábrica.
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Thiago Sapia, diretor de novos negócios da empresa, observa que embora boa parte da população se mostre preocupada com uma possível perda de privacidade por conta do alto números de aparelhos conectados, isso não se traduz em maior precaução: “Essa nova cultura está remodelando a forma como trabalhamos, falamos e nos relacionamos com os outros. Porém, uma ação básica como trocar a senha que vem de fábrica já dificulta bastante qualquer ação criminosa, e normalmente isso não é feito”.
De acordo com pesquisas da consultoria Statista, até o final deste ano haverá 35,82 bilhões de dispositivos IoT instalados em todo o mundo, número que em 2025 pode chegar a 75,44 bilhões. Somente no Brasil, existem atualmente cerca de 278,9 milhões de aparelhos ativos.
Com informações da assessoria de imprensa