Depois de se reinventar, após interromper a fabricação de telefones, que se tornaram símbolo de status entre o final dos anos 1990 e o início dos anos 2000 por seu teclado físico para o envio de mensagem de texto e e-mail, a Blackberry decidiu se dividir em duas empresas.
Parte de uma reestruturação estratégica anunciada em maio, sob o nome de Projeto Imperium, a fabricante agora anuncia a separação das unidades de negócios de IoT (internet das coisas) e de software e serviços de segurança para empresas e em duas empresas com operações independentes.
“O principal objetivo da separação é buscar uma oferta pública inicial subsidiária para o negócio de IoT, líder de mercado para software de alto desempenho e segurança crítica em automóveis e outras verticais, com um lançamento previsto para o primeiro semestre do próximo ano fiscal”, afirma o comunicado da Blackberry.
A nota diz ainda que os investidores foram informados de que uma subsidiária de IoT autônoma e listada em bolsa “permitirá que os acionistas avaliem mais claramente o desempenho e o potencial futuro dos principais negócios da BlackBerry de forma independente, permitindo que cada empresa siga sua própria estratégia distinta e política de alocação de capital”.
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O comunicado não informa, no entanto, quando as operações serão efetivamente separadas. Apesar disso, os investidores parecem ter gostado bastante do plano. As ações da BlackBerry abriram a quarta-feira, 4, cotadas a US$ 4,38, caíram para US$ 4,24 no início da tarde e depois subiram para US$ 4,50 pouco antes do fechamento do pregão.
O anúncio do plano ocorre depois de anos de tentativas fracassadas de revigorar seu negócio de aparelhos celulares. O conselho de administração avalia que seu sistema operacional QNX e o código de mensagens desenvolvido para seus telefones podem se transformar em um sólido negócio de IoT. Além disso, com a aquisição da Cylance por US$ 1,4 bilhão, o diretores acreditam que a empresa pode se tornar em uma concorrente de peso na área de segurança.