Os bancos belgas devem estar acessíveis 24 horas por dia, 7 dias por semana para vítimas de phishing, e se necessário isso deve ser imposto por meio da legislação. É o que diz Eva De Bleeker, Secretária de Estado de Defesa do Consumidor da Bélgica. Além disso, ela defende um sistema de ‘slow banking’, que deve impedir que grandes quantias sejam transferidas sem serem notadas.
De acordo com De Bleeker, mais e mais pessoas estão se tornando vítimas de phishing. “A maneira como os phishers trabalham também está se tornando menos transparente e implacável. Por exemplo, as vítimas são chamadas por sua suposta agência bancária e caem na armadilha mais rapidamente porque a ligação vem do próprio número da agência bancária”, disse ela.
O phishing geralmente ocorre fora do horário comercial ou nos fins de semana, quando os bancos não estão disponíveis para bloquear contas ou aplicativos de clientes, afirmou a secretária de estado. “Como resultado, as vítimas às vezes veem literalmente os euros desaparecerem de sua conta, sem poder fazer nada a respeito”, disse De Bleeker. No ano passado, ela já pediu aos bancos que estejam disponíveis 24 horas por dia, 7 dias por semana, para vítimas de phishing.
Vários bancos adaptaram seus serviços a isso, mas alguns não, e isso a secretário de Estado diz que não vai mais tolerar. Se em breve se verificar que nem todos os bancos são acessíveis, será introduzida legislação que reforçará a acessibilidade.
De Bleeker também acredita que os bancos devem oferecer um perfil de usuário universal para “slow banking”. Aqueles que normalmente não fazem grandes transferências devem poder estabelecer limites de pagamento mais fortes para que os phishers não possam mais roubar grandes quantias. Para tornar o sistema sólido, os limites de pagamento só poderiam ser aumentados ou feita uma exceção por meio de uma agência bancária ou caixa eletrônico.