O presidente do BancoEstado, terceira maior instituição financeira do Chile, compareceu ontem à sessão da Comissão de Economia da Câmara dos Deputados para explicar o ataque de ransomware que fechou todas as agências do banco no dia 7 de setembro de 2020. O presidente, Sebastián Sichel, candidato à presidência da república, disse que “todas as investigações que a Microsoft está realizando até agora indicam que um e-mail malicioso foi aberto em um computador que, posteriormente, se conectou ao banco”.
Entre os principais serviços e plataformas afetados encontram-se o correio corporativo, os sistemas de caixa e balcão das agências, a plataforma de negócios; os sites para empresas, mercado de capitais e mesa de câmbio. Permaneceram operacionais apenas os correspondentes bancários e os caixas eletrônicos.
Sichel confirmou à reportagem da CNN que o ciberataque sofrido pela instituição apontava para erro humano: “Todos os especialistas em cibersegurança afirmam, isso e parte do relatório que a Microsoft nos enviou tem a ver com isso. Os vírus se transformam, mudam e se transformam e são especialmente concebidos para as mais de 4.500 instituições que foram atacadas nos últimos tempos”, afirmou. “Mas há algo que nunca se pode parar de prevenir, que é basicamente o phishing, que é quando alguém abre um e-mail perigoso”, continuou.
Veja isso
Banco chileno atingido por ransomware: 12 mil computadores congelados
Banco do Chile ocultou ataque cibernético sofrido em junho deste ano
O presidente do BancoEstado assinalou que não havia nenhuma medida de segurança possível dentro do banco para deter o malware. Por fim, assegurou que “mais do que uma autocrítica institucional, o que temos que fazer aqui é que todos os cidadãos estejam diariamente alertas para a possibilidade de não caírem nas fraudes”.
Sichel disse que “o banco nunca parou de funcionar (…) o ataque foi detectado precocemente e até agora não houve roubo de informações do banco, nem de clientes, nem o patrimônio do banco foi afetado”. Ele levantou a necessidade de criação de novos mecanismos de repressão aos crimes de cibersegurança, “pois os existentes estão distantes da realidade atual”.
Com agências internacionais