Invasão aconteceu no final de 2015 e só foi admitida ontem porque o autor divulgou o incidente e também o relatório de perícia elaborado pela PwC
O coletivo Distributed Denial of Secrets (DDS) começou a publicar hoje documentos copiados de servidores da filial do banco Cayman National na Ilha de Man. Um dos mais importantes é um relatório da consultoria PwC, feito a pedido do banco, sobre a invasão de sua rede no início de 2016. Durante essa invasão, foram feitas dez tentativas de transferência internacional por meio do serviço SWIFT e segundo o portal Bleeping Computer algumas delas foram bem sucedidas, totalizando algumas centenas de milhares de Libras.
As informações sobre a invasão do banco começaram a surgir na última sexta-feira, quando Phineas Phisher anunciou o programa ‘Hacktivist Bug Hunting’. Segundo ele mesmo, a ideia é pagar outros hackers para descobrir vulnerabilidades em bancos e outras empresas, que possam levar à divulgação de documentos de interesse público. As informações recebidas pela mídia dão conta de que foram exfiltrados do Cayman Bank 2TB de dados.
Ao anunciar seu programa de bug bounty, Phineas Phisher publicou um extenso guia sobre como roubar um banco, explicando passo a passo como fez para invadir o Cayman National.
A empresa Cayman National Corporation, controladora do Cayman National Bank e filiais, incluindo a da Ilha de Man, publicou ontem uma nota informando que “suas subsidiárias na Ilha de Man sofreram um vazamento de dados. A responsabilidade pelo roubo de dados do Cayman National Bank (Ilha de Man), em conjunto com sua empresa irmã, a Cayman National Trust Company (Ilha de Man) foi reivindicada por um grupo de hackers criminosos no domingo 17 de novembro de 2019”. Além de dizer que os servidores e sistemas da Ilha de Man são isolados de todos os outros do banco, a empresa informa que os clientes estão sendo informados e que não há evidências de que os clientes tenham sido atingidos.
As ilhas Cayman são o mais notório paraíso fiscal do mundo. Lá estão sediadas 100 mil empresas, embora existam apenas 63 mil habitantes. Nos bancos sediados nas ilhas estão depósitos milionários de gente do mundo inteiro.
Com agências internacionais