A Baidu, uma das maiores empresas chinesas de tecnologia, especializada em serviços e produtos relacionados à Internet e inteligência artificial, minimizou a proibição dos EUA às exportações de certas tecnologias de semicondutores para a China. Dou Shen, chefe do grupo Baidu AI Cloud, chamou o impacto das sanções dos EUA de “limitado” – pelo menos no futuro próximo, acrescentando que as sanções não teriam impacto mensurável no trabalho de IA da empresa – além do que isso poderia de fato acelerar o esforço da China pela autossuficiência em silício.
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Shen explicou que o negócio de IA do Baidu não depende muito de chips de alta tecnologia e disse que o Baidu tem “algumas alternativas para chips limitados” necessários para operar normalmente. A Baidu possui seu próprio chip, o Kunlun AI, que já está sendo usado para atender clientes estrangeiros.
Shen também observou que os processadores automotivos não estão na lista de produtos banidos, de modo que a inteligência artificial dos carros não é afetada. “Esperamos que mais autopeças, incluindo chips básicos, sejam produzidas na China no futuro”, disse Shen. Isso provavelmente tornará a cadeia de suprimentos da indústria automotiva menos dependente de importações, disse ele.
O relatório financeiro do terceiro trimestre de 2022 da Baidu mostrou um aumento de 24% na receita da AI Cloud (em comparação com 2021) para US$ 630 milhões no trimestre. A receita total aumentou 2%, para US$ 4,5 bilhões.As novas sanções dos EUA em outubro restringiram o fornecimento de semicondutores e equipamentos de fabricação de chips a 28 empresas chinesas. As novas restrições visam impedir o desenvolvimento de supercomputadores e programas de trabalho automatizados que a China está projetando.