A Thales anunciou hoje o Relatório “Imperva Bad Bot 2025”, uma análise global do tráfego automatizado de bots na internet – onde há um crescente ecossistema de Bots-As-A-Service (BaaS). O relatório deste ano, o 12º estudo da séria, revela que a inteligência artificial generativa (IA) está revolucionando o desenvolvimento de bots, permitindo que atores menos sofisticados lancem um volume maior de ataques de bots e com maior frequência. Os invasores atuais também estão utilizando a IA para analisar seus fracassos e refinar técnicas para driblar as medidas de segurança com maior eficiência.
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O tráfego automatizado de bots ultrapassou o tráfego gerado por humanos pela primeira vez em uma década, representando 51% de todo o tráfego da web em 2024. Essa mudança é amplamente atribuída ao surgimento da IA e dos Large Language Models (LLMs), que simplificaram a criação e o dimensionamento de bots para fins maliciosos. À medida que as ferramentas de IA se tornam mais acessíveis, os criminosos cibernéticos estão cada vez mais utilizando essas tecnologias para criar e implantar bots maliciosos, que agora representam 37% de todo o tráfego da internet – um aumento significativo em relação aos 32% registrados em 2023. Este é o sexto ano consecutivo de crescimento na atividade de bots maliciosos, o que representa desafios de segurança para organizações que buscam proteger seus ativos digitais.
Tanto o setor de viagens quanto o de varejo enfrentam um problema de bots avançados, com bots maliciosos representando 41% e 59% de seu tráfego, respectivamente. Em 2024, o setor de viagens se tornou o mais atacado, respondendo por 27% de todos os ataques de bots, ante 21% em 2023. A mudança mais notável em 2024 é o declínio nos ataques de bots avançados direcionados ao setor de viagens (41%, ante 61% em 2023) e o forte aumento nos ataques de bots simples (52%, ante 34%). Essa mudança indica que as ferramentas de automação com tecnologia de IA reduziram as barreiras de entrada para invasores, permitindo que atores menos sofisticados iniciem ataques de bots mais básicos. Em vez de depender exclusivamente de técnicas sofisticadas, os cibercriminosos estão utilizando cada vez mais altos volumes de bots mais simples para inundar sites de viagens, resultando em ataques mais frequentes e generalizados.