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Austrália denuncia ciberataque “de estado”, China se defende

Da Redação
22/06/2020

O governo da Austrália e outras organizações australianas estão sendo atacadas por “um ator cibernético sofisticado, com base num estado”, acusou na sexta-feira dia 19 de junho o primeiro-ministro Scott Morrison durante uma entrevista em Canberra. Ele se negou, porém, a identificar qual seria esse país. “Essa atividade tem como alvo organizações australianas em vários setores, incluindo todos os níveis de governo, indústria, organizações políticas, educação, saúde, prestadores de serviços essenciais e operadores de outras infraestruturas críticas”, acrescentou.

Embora a ameaça tenha sido constante, a frequência de ataques aumentou “nos últimos meses”, disse Morrison, pedindo a todas as organizações que garantam a proteção de seus sistemas. “A grande questão é quem está por trás desse ataque”, disse Nicola Gage, da Al Jazeera, de Canberra. “Scott Morrison era muito tímido e disse que não falaria sobre isso em público, embora tenha dito que não havia muitos estados com capacidade para fazer isso”.

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A ministra da Defesa da Austrália, Linda Reynolds, disse que apesar do alerta não há indícios de violações em larga escala de dados pessoais associadas ao ataque. A denúncia ocorre após a agência Reuters ter noticiado que em março do anopassado o governo australiano descobrira que a China era responsável por um ataque de hackers ao parlamento. A Austrália nunca identificou publicamente a fonte desse ataque e a China negou que fosse responsável.

Embora seja aliada dos EUA na parte de segurança, a Austrália tem grandes interesse com a China, que é seu maior parceiro comercial. Esse relacionamento, no entanto, está cada vez mais sobrecarregado após o início da pandemia do novo coronavírus, já que a Austrália é favorável a uma investigação internacional sobre a origem e a propagação do vírus, que surgiu pela primeira vez na cidade de Wuhan, no centro da China, no ano passado.

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