Dentro de dez anos, é possível que os seres humanos tenham perdido todos ou quase todos os seus papéis na administração de cibersegurança. A previsão é de 41% dos executivos que responderam a uma pesquisa publicada na semana passada pela Trend Micro, chamada “Virando a maré”. Eles acham que à medida em que os hackers usam ferramentas mais sofisticadas, a inteligência artificial (IA) se torna mais presente e substituirá os humanos até 2031 no campo da segurança cibernética.
Foi pequena a parcela dos que não acreditam nessa tendência: apenas 9% afirmaram que a IA não tomará seus empregos na próxima década. Por outro lado, 32% afirmaram que a IA acabaria por funcionar para automatizar toda a segurança cibernética. Ao avaliar os atacantes, 19% dos executivos disseram acreditar que em 2025 eles estarão usando IA para melhorar seu arsenal.
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“Os eventos sísmicos de 2020 criaram mudanças duradouras nos ambientes de trabalho em todo o mundo e abriram novos caminhos que os cibercriminosos podem abusar. A cibersegurança ajudará empresas, governos e usuários comuns a se adaptarem com segurança a essas novas condições em 2021”, disse o relatório.
Quase um quarto dos líderes de TI entrevistados acha que em 2030 o acesso aos dados estará vinculado a dados biométricos ou de DNA, tornando impossível o acesso não autorizado.
No que diz respeito a este ano, os entrevistados estão certos de que o teletrabalho continuará em 2021, e que os ambientes híbridos, onde o trabalho e as tarefas pessoais se misturam em uma só máquina, serão um desafio em termos de segurança.
“Organizações – especialmente empresas globais – terão menos controle sobre seus dados. Delinear onde os dados são armazenados e processados se tornará mais difícil. A diminuição da visibilidade em dispositivos corporativos fica mais problemática quando os funcionários acessam aplicativos pessoais de dispositivos de trabalho ”, disse o relatório intitulado.
Com agências internacionais