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Ataques a serviços financeiros crescem 419% em um ano

Da Redação
06/12/2022

Entre 2021 e 2022 os ciberataques relacionados a serviços financeiros na América Latina aumentaram 419%, ultrapassando em números absolutos, durante este ano, a casa dos 20 milhões segundo o estudo “Enemy at the Gates – Analyzing Attacks on Financial Services”, publicado pela Akamai.

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Os dados do estudo da Akamai revelaram que o Brasil está no topo da lista de alvos de ataques de aplicações web e APIs. Isso se dá pela grande adesão e pela alta utilização de serviços bancários online por parte dos brasileiros. O estudo “A experiência dos clientes dos principais bancos brasileiros em 2022”, realizado pela Akamai em parceria com a Cantarino Brasileiro e que entrevistou pessoas em todo território nacional, destacou que, ao procurar um banco para abrir conta ou fazer investimentos, 62% dos entrevistados consideram a segurança em relação aos seus dados um critério relevante.

Na visão de Claudio Baumann, Diretor Geral da Akamai Technologies para América Latina, o crescimento exponencial dos ataques aos serviços financeiros na América Latina chamou a atenção dos especialistas. “A expressiva digitalização dos serviços bancários nos últimos anos e o aumento da sofisticação e da intensidade, tanto em quantidade quanto em volumes, dos crimes cibernéticos podem ser dois dos fatores que contribuem para o crescimento dessas atividades ilegais na região. O cibercrime custa para a América Latina US $90 bilhões por ano.

Nos últimos tempos, o setor brasileiro de serviços financeiros vem experimentando algumas transformações relevantes com o surgimento de novas instituições, produtos e soluções, ao mesmo tempo em que os dados dos consumidores dos serviços são cada vez mais visados pelos cibercriminosos. Isso implica na necessidade de implementação de mecanismos de segurança adequados, com foco na proteção das informações, na disponibilidade dos serviços e na proteção da reputação das entidades financeiras.

A pesquisa sobre bancos da Akamai também mostrou que cerca de 26% dos entrevistados afirmam ter conhecimento sobre eventos de vazamento de dados ou falhas de segurança nas instituições que possuem conta. Desse montante, 43% dos que têm ciência dos problemas de segurança, apesar de manterem suas contas nas instituições, adotaram novos procedimentos de segurança após o incidente, além de 6% já terem deixado o banco em que possuíam conta.

Desse modo, instituições financeiras estão direcionando cada vez mais esforços para divulgar para seus clientes boas práticas de segurança, ao mesmo tempo em que desenvolvem políticas e implementam mecanismos de segurança cibernética.

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