Após novas acusações de ataques cibernéticos globais, que levaram ao indiciamento de seis hackers supostamente ligados a militares russos pelo Departamento de Justiça (DoJ) dos Estados Unidos, o Kremlin acusou o país de “russofobia”, citando uma tendência de acusar o país “de todos os pecados”.
O DoJ acusa os hackers de cometerem uma série de crimes cibernéticos, desde desligar a rede elétrica da Ucrânia ao lançamento do ransomware NotPetya, que causou bilhões de dólares em prejuízos em todo o mundo, a ciberataques devastadores nas Olimpíadas de 2018 na Coreia do Sul.,
As acusações são parte de uma “russofobia frenética que obviamente nada tem a ver com a realidade”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a repórteres, lamentando a “tendência de acusar a Rússia e os serviços especiais russos de todos os pecados”. “A Federação da Rússia e os serviços especiais russos nunca realizaram ataques cibernéticos, especialmente em conexão com os Jogos Olímpicos”, afirma.
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Esta é a primeira vez que a Rússia foi identificada como culpada por trás dos ataques aos Jogos Olímpicos sul-coreanos. Nesses incidentes, os invasores implantaram malware destrutivo chamado Olympic Destroyer para interromper os jogos de 2018.
Os seis hackers, com entre 27 e 35 anos, são procurados pela Justiça americana. Eles são acusados de “realizar a série de ataques de informática mais destrutiva e preocupante já atribuída a um só grupo”, disse John Demers, vice-procurador-geral para a Divisão de Segurança Nacional, em coletiva de imprensa na segunda-feira, 19. Com agências de notícias internacionais.