Um pedido do Cyber Peace Institute (CPI) para que a área de saúde seja protegida contra ameaças cibernéticas atraiu apoio internacional. As principais empresas de segurança cibernética, acadêmicos e numerosos agentes políticos e organizações sem fins lucrativos apoiaram o pedido para que os governos trabalhem juntos “com a sociedade civil e o setor privado” para defender instalações hospitalares, de saúde e de pesquisa médica de ataques digitais.
Em um apelo vigoroso publicado no dia 26 de maio, o CPI pediu aos governos que afirmassem em termos inequívocos que o direcionamento a unidades de saúde por criminosos cibernéticos é “ilegal e inaceitável”.
“Apelamos aos governos do mundo para que tomem medidas imediatas e decisivas para impedir todos os ataques cibernéticos a hospitais, unidades de saúde e centros de pesquisa médica, bem como em equipes médicas e organizações internacionais de saúde pública”, escreveu o CPI. “Para isso, os governos devem trabalhar juntos, inclusive nas Nações Unidas, para reafirmar e confirmar as regras internacionais que coíbem tais ações”.
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O CPI destacou que ataques cibernéticos recentes, sincronizados, contra prestadores de serviços de saúde em todo o mundo, em pleno surto de covid-19 em quase todos os cantos do planeta. “Nas últimas semanas, testemunhamos ataques direcionados a instalações e organizações médicas que atuam na linha de frente de combate à pandemia”, escreveu o instituto.
Essas ações, destaca o CPI no documento, colocaram em risco a vida humana, prejudicando a capacidade dessas instituições de funcionar, diminuindo a distribuição de suprimentos e informações essenciais e interrompendo a prestação de cuidados aos pacientes.
Enquanto a taxa de mortes causadas pelo novo coronavírus continua crescendo em alguns países, o apelo do CPI alerta contra a complacência. “Com centenas de milhares de pessoas que já pereceram e milhões de infectados em todo o mundo, a assistência médica é mais importante do que nunca”, escreveu. “Esta não será a última crise de saúde”, alerta o documento.
Entre os figurões políticos que assinaram a convocação do instituto incluem ex-presidentes da União Soviética, Uruguai, Brasil, Libéria, Chile, Confederação Suíça, México, Colômbia, Dinamarca, Polônia e Eslovênia, além da ex-secretária de Estado dos EUA Madeleine Albright.
Os signatários do setor de segurança cibernética incluem o CEO da Kaspersky, Eugene Kaspersky, o presidente da Microsoft, Brad Smith, e a CEO da Trend Micro, Eva Chen.