O grupo de hackers Anonymous, que aparentemente estava inativo há quase seis anos, decidiu se manifestar no Twitter em meio às turbulências nos Estados Unidos após a morte do ex-segurança negro George Floyd por um policial branco.
O grupo afirmou ter hackeado uma série de sistemas de autoridades norte-americanas, em especial sistemas de delegacias e outros órgãos policiais. Um dos alvos da ação foi o sistema das delegacias de Minneapolis, distrito onde ocorreu o assassinato de Floyd pelo policial Derek Chauvin, envolvido em cerca de 20 outros casos de violência policial contra negros.
Ações do grupo são em apoio a série de protestos diante da violência policial contra a população negra, após a morte de Floyd. Os hackers destacaram que as ações estavam apenas começando e afirmaram que até este domingo, 31, os rádios de comunicação da polícia de Chicago estariam sendo monitorados e que não deixariam o site da polícia de Minneapolis voltar a funcionar.
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Em vídeo publicado neste domingo, no perfil da organização no Twitter, o grupo enviou uma mensagem à polícia norte-americana, e ameaçou “expor para o mundo os muitos crimes” cometidos por policiais.
O vídeo afirma que por anos, nos assassinatos envolvendo policiais, apenas os policiais teriam sobrevivido para contar a história, gerando uma farsa usada para ocultar a responsabilidade das forças policiais em muitos crimes. “Por anos eles acreditaram estarem livres de qualquer punição, para fazer o que quisessem, mas agora as pessoas já tiveram o suficiente dessa farsa”, completa o vídeo.
Na mensagem, o grupo cita ainda que a sociedade está “acordando” diante do “sistema global de opressão”. “Vocês estão aqui para manter a ordem das pessoas no controle. De fato, você é o próprio mecanismo que as elites usam para continuar seu sistema global de opressão, e o planeta finalmente está acordando para isso. Eles estão ficando cada vez mais zangados toda vez que veem sangue sem necessidade derramado sem consequências.”
O grupo, no entanto, não informou quando pretende expor os “muitos crimes” cometidos pela polícia ao mundo todo.