A gigante aeroespacial francesa Airbus pode adquirir a unidade de segurança cibernética da Atos por até US$ 2 bilhões, conforme anunciou a empresa de TI na quarta-feira, 3. A possível venda do negócio de big data e segurança (BDS) foi anunciada pela Atos numa atualização de mercado que descreve a sua estratégia de reembolso e refinanciamento de dívidas financeiras.
A negociação está numa fase preliminar, mas a Atos disse que o processo de due diligence (investigação e auditoria) por parte da Airbus terá início depois de receber uma oferta avaliando a BDS entre € 1,5 bilhão (equivalente a US$ 1,64 bilhão ) e € 1,8 bilhão (US$ 1,97 bilhão). As ações da Atos na bolsa caíram depois que a empresa fez o anúncio.
Os primeiros rumores de que a Airbus estaria interessada no negócio de segurança cibernética da Atos surgiram em março de 2022. Quase um ano depois, a gigante aeroespacial fez uma oferta por uma participação de 30% no negócio de segurança Evidian da Atos, que mais tarde se tornaria Eviden. Alguns acionistas manifestaram oposição e o plano foi abandonado. A marca Eviden agora inclui a BDS, bem como o negócio de computação em nuvem da Atos.
Em comunicado, a Airbus disse que “a aquisição da BDS poderia acelerar significativamente a transformação digital da Airbus, melhorar o portfólio de defesa e segurança da empresa com fortes capacidades em cibernética, computação avançada e inteligência artificial”.
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Em setembro do ano passado, a Airbus iniciou uma investigação depois que um hacker vazou informações supostamente roubadas dos sistemas da fabricante de aviões. Na época, a empresa de inteligência de crimes cibernéticos Hudson Rock informou que um hacker, de apelido USDoD, divulgou em um fórum de crimes cibernéticos que havia hackeado a Airbus.
O cibercriminoso disse que obteve acesso aos sistemas da Airbus usando uma conta comprometida pertencente a um funcionário de uma companhia aérea turca. A Airbus confirmou a Hudson Rock que esse era realmente o vetor de ataque. A investigação da empresa de segurança cibernética mostrou que o hacker obteve as credenciais do funcionário da companhia aérea para os sistemas da Airbus com a ajuda de um malware de roubo de informações. Com agências de notícias internacionais.