A Agência de Exploração Aeroespacial (JAXA) do Japão foi alvo de um ataque cibernético que pode ter colocado em risco tecnologia e dados sensíveis relacionados às pesquisas espaciais do país. A falha de segurança foi descoberta recentemente, quando as autoridades policiais alertaram a agência espacial de que seus sistemas estavam comprometidos, conforme noticiado em primeira mão pelo jornal japonês The Yomiuri Shimbun.
Confirmando a invasão, o secretário-chefe de gabinete do Japão, Hirokazu Matsuno, revelou em uma coletiva de imprensa que os invasores obtiveram acesso ao servidor Active Directory (AD) da agência, um componente crucial que supervisiona as operações de rede da JAXA. Esse servidor provavelmente contém informações críticas, como credenciais de funcionários, o que aumenta significativamente o impacto potencial da violação.
Em resposta ao incidente, a JAXA diz estar trabalhando com especialistas em segurança cibernética do governo e autoridades policiais como parte de uma investigação em andamento para determinar a extensão do comprometimento da segurança.
Embora nenhum vazamento de dados ligado à violação tenha sido confirmado, um funcionário da JAXA, que pediu anonimato, expressou preocupações, afirmando que “é muito provável que a maioria das informações estivesse visível”. “É uma situação muito grave.”
Nenhum grupo de cibercrime assumiu a autoria do ataque até o momento.
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Fundada em 2003, a JAXA é a instituição nacional de pesquisa e desenvolvimento aeroespacial do Japão. Em 2012, sua atuação foi expandida para abranger o desenvolvimento espacial militar, incluindo o desenvolvimento de sistemas de alerta antecipado de mísseis baseados no espaço.
O incidente não é o primeiro sofrido pela agência, que também foi atacada em 2016 e 2017, quando quase 200 instituições e empresas japonesas de pesquisa relacionadas à defesa foram alvos de um ataque cibernético generalizado. Com agências de notícias internacionais.
Para ter acesso ao vídeo, em inglês, da coletiva de imprensa com o secretário-chefe de gabinete do Japão, Hirokazu Matsuno, que falou sobre incidente, clique aqui.