Uma investidora da Mandiant processou o conselho de administração da FireEye por ter aprovado a venda da empresa de segurança cibernética por US$ 1,2 bilhão para o consórcio liderado pelo fundo de private equity Symphony Technology Group (STG) sem o voto dos acionistas.
A acionista Michelle Altieri entrou com uma queixa no Tribunal da Chancelaria de Delaware na segunda-feira, 8, contra os conselheiros depois de terem se negado a fornecer os livros e registros da FireEye relacionados ao negócio, informa a Reuters. Segundo a agência de notícias, os advogados do escritório Freshfields Bruckhaus Deringer, que representa a Mandiant e o conselho, não quiseram comentar.
Em junho deste ano, a FireEye concordou em vender a marca e os seus produtos de segurança de rede, e-mail e nuvem para o consórcio liderado pelo STG, que em março havia adquirido a divisão de soluções corporativas de cibersegurança da McAfee Enterprise por US$ 4 bilhões. Como parte do acordo, a unidade de computação forense da FireEye não foi vendida e foi renomeada para Mandiant.
Veja isso
FireEye vende área de produtos à STG por US$ 1,2 bilhão
FireEye e McAfee se fundem e criam empresa de US$ 2 bilhões
Um mês depois, em julho, Michelle entrou com um processo contra a FireEye para obter os registros relacionados ao negócio. Na reclamação apresentada na segunda-feira, a acionista acusou o conselho da empresa de violar a lei de Delaware que exige o voto dos acionistas quando uma empresa deseja vender seus ativos. Ela disse que, embora a Mandiant continue sendo um negócio de segurança cibernética, a mudança de identidade e a vendas dos ativos da FireEye foi “uma troca significativa para os acionistas”.
O principal advogado da acionista, Gustavo Bruckner, do escritório de advocacia Pomerantz, especializado em causas envolvendo acionistas não quis comentar o caso. Os representantes da FireEye e STG não responderam aos pedidos de comentários da Reuters.