700 sites roubam dados de brasileiros em busca do auxílio na pandemia

Da Redação
08/07/2020

A IBM descobriu cerca de 700 sites maliciosos relacionados ao covid-19, comprovadamente operados por cibercriminosos brasileiros. Os bandidos estão criando até aplicativos idênticos aos do governo, usados ​​para receber dados da população interessada em receber ajuda financeira. Com isso, enviam às pessoas uma enxurrada de mensagens de texto e e-mails pedindo que forneçam seus dados bancários nos sites e aplicativos.

Desse modo, as operações fraudulentas têm sido altamente eficazes no Brasil, desde o primeiro anúncio do programa de assistência do governo, diz o pesquisador Jefferson Macedo, consultor gerente da equipe de segurança X-Force da IBM, que trabalhou na descoberta desses golpes.

Ao criarem essa infraestrutura para enganar as pessoas, aproveitam-se do fato de que elas estão desesperadas por ajuda. “Os grupos de cibercrime no Brasil são criativos e altamente motivados para encontrar maneiras diferentes de se infiltrar nas atividades diárias das pessoas para ganhar dinheiro”, disse Macedo.

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Segundo a investigação da IBM X-Force IRIS, os cibercriminosos estão usando e-mails, mensagens de texto SMS e de WhatsApp para entregar URLs maliciosos de páginas da Web ou aplicativos falsificados que se parecem com os portais governamentais legítimos, solicitando informações de identificação pessoal e outros dados confidenciais. Depois de coletar essas informações das vítimas, os cibercriminosos podem abrir contas bancárias em nome das vítimas e solicitar empréstimos.

Alguns dos aplicativos e páginas da web falsos exigem que o usuário encaminhe um link para todos os seus contatos, propagando o ataque a vítimas adicionais. Macedo diz que as autoridades brasileiras estão tentando aumentar a conscientização sobre os golpes.

Há mensagens convidando os destinatários a solicitar assistência governamental de emergência para receber de 600 a 1200 reais por mês. Mas os botões levam a um site falso, onde as vítimas inserem informações pessoais para saber se são “elegíveis” para receber assistência. Os invasores podem usar as informações coletadas nesse portal para cometer ainda mais fraudes.

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