Hoje, um número cada vez maior de empresas necessita coletar e tratar dados de clientes para melhorar as vendas online, mas a forma como boa parte delas protege esses dados não tem despertado confiança dos consumidores.
Relatório recente relatório da KPMG, denominado “Responsabilidade de dados corporativos: Preenchendo a lacuna de confiança do consumidor”, quantifica o quão ampla é a falta de confiança hoje e os fatores estão causando sua aceleração. Com 86% dos clientes pesquisados dizendo que a privacidade dos dados é uma preocupação e 68% dizendo que o nível de coleta de dados das empresas é preocupante, acabar com o gap de confiança crescente não será fácil, segundo a consultoria.
A pesquisa se baseia em entrevistas com 2 mil consumidores nos Estados Unidos e 250 profissionais de nível de diretoria de segurança e privacidade de dados.
Enquanto a maioria dos líderes de segurança e privacidade de dados (62%) disse que suas organizações deveriam fazer mais para fortalecer as medidas de proteção de dados existentes, um em cada três (33%) diz que os clientes deveriam se preocupar com a forma como as empresas usam seus dados.
Além disso, os líderes de segurança e privacidade de dados não têm certeza de quão confiáveis são suas próprias empresas quando se trata de lidar com dados de clientes. A prova disso é que um terço (29%) afirma que sua empresa às vezes usa métodos antiéticos de coleta de dados e 13% não confiam que ela use os dados de forma ética. Em suma, a lacuna de confiança cibernética é grande, com as perspectivas futuras das empresas amplamente dependentes da solidez de sua segurança de dados.
Governança de dados não está funcionando
Abordagens de cima para baixo para governança e gerenciamento de dados não estão fechando a lacuna com rapidez suficiente. A KPMG conclui que 83% dos clientes não desejam compartilhar seus dados para ajudar as empresas a criar produtos e serviços melhores. E um terço (30%) não está disposto a compartilhar dados pessoais por nenhum motivo. Essa falta de confiança continua a acelerar, apesar de muitas empresas implementarem estruturas de governança de dados em toda a empresa.
A tendência dos clientes contra as solicitações de dados ocorre quando 70% dos líderes em segurança e privacidade dizem que suas empresas estão aumentando os esforços para coletar dados dos clientes, de acordo com Orson Lucas, líder de serviços de privacidade da KPMG nos EUA.
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“O fracasso em eliminar essa divisão pode representar um risco real de perda de acesso a dados e percepções valiosas que impulsionam o crescimento dos negócios”, disse Lucas. “Claramente, as iniciativas de governança e gerenciamento de dados precisam priorizar o cliente desde o início de um projeto para que os grandes investimentos que as empresas fazem nessas áreas tenham retorno.”
Confiança zero
O objetivo, segundo a KPMG, é que a proteção a privacidade seja adaptável o suficiente para conceder a cada cliente acesso a todo o seu cadastro. Três em cada quatro clientes (76%) desejam maior transparência em termos de como seus dados pessoais estão sendo gerenciados e para que estão sendo usados, mas apenas 53% das empresas estão fornecendo isso hoje.
De acordo com a consultoria, para fechar a lacuna de confiança de dados, as empresas precisam fazer a divulgação completa, fornecer uma visão completa dos dados do cliente e explicar como eles estão usando. A melhor maneira de fazer isso é implementar o modelo de segurança zero trust no nível do cliente para proteger endpoints de acesso, identidades e outros vetores de ameaças.”
Ainda de acordo com o relatório, ao escolher priorizar o modelo de segurança zero trust, as empresas podem progredir no fechamento da lacuna de confiança dos clientes e, ao mesmo tempo, obter maior transparência. Escolher o modelo de segurança zero trust como estrutura para proteger os dados responde às preocupações dos clientes que dizem que as empresas não estão fazendo o suficiente para proteger seus dados. Os clientes não estão satisfeitos, pois 64% dizem que as empresas não estão fazendo o suficiente para proteger seus dados, enquanto 47% estão muito preocupados que seus dados sejam comprometidos em um hacking e 51% temem que seus dados sejam vendidos.
A pesquisa da KPMG descobriu que 88% dos clientes desejam que as empresas assumam a liderança no estabelecimento da responsabilidade corporativa pelos dados e compartilhem mais detalhes sobre como protegem os dados. Abordar questões de confiança cibernética se resume a fornecer maior transparência, e as empresas precisam se concentrar no modelo de segurança zero trust e nas vantagens inerentes ao acesso aos dados do cliente.